Graça e Paz queridos. Quero compartilhar com você um pouco do que Deus tem nos ensinado nestes últimos quatro domingos. Foram quatros ministrações sob o título: A Trajetória da nossa Existência, baseada na peregrinação do povo de Israel no deserto logo após sua milagrosa libertaçao no e do Egito. Por que essa diferença? você poderá me perguntar. Porque a obra de libertação que Jesus efetua na vida daquele que o recebe , é nesse mundo , porém nem todos estão livres dele. A semelhança do povo de Israel, reconhecemos a libertação, mas ainda mantemos resistências aos atos soberanos do Libertador. Caminhamos para Canãa mas nossas objeções e nossos "achismos", emperram a engrenagem da caminhada, razão pela qual muitos de nós ainda estamos andando em círculos mantendo o mesmo padrão de vida.
Fomos libertos de Faraó porém trouxemos na bagagem, seu coração absoluto que resolve as coisa de acordo com as norma de seu próprio pensamento. Afinal de contas não foi Faraó quem quis resolver o que os recém libertos por Deus levariam na bagagem? Quando deveriam partir e o que deveriam deixar?( Ex8.28; 10.24). Se o Egito representa o lugar do nosso cativeiro e o deserto é a nossa trajetória de vida , que diferença consideráravel existe entre nós e esse comportamento de Faraó? Segundo a ordem de quem nós estamos? Sinceramente falando, somos uma geração de coração absoluto. Aliás, em vinte e cinco anos de evangelho nunca ví tanta gente sem respeito a lideranças, tantos filhos de pais biológicos, porém órfãos de pais líderes. Nunca ví ,como vejo hoje ,tantos filhos que agem independentemente de seus pais que, por sua vez ,sucumbem diante dessa cultura malígna do nosso tempo. Nunca ví como vejo hoje tantas ovelhas que, por causa da herança faraônica, não compreenderam que a unção do líder não é, apenas para ser reconhecida mas também honrada. E honra por sua vez, exige atitude pública.
O texto que nos serviu de base diz que a ordem dada ao povo , era de Deus mas por intermédio de Moisés. Ao conduzir o povo pelas veredas empoeiradas do deserto Deus , entre outras coisas estava tratando com as obstinações do coração de seu povo. Revelando que não bastava olhar a nuvem e segui-la de acordo com a própria visão ,como muitos pensam. Definitivamente não. Deus estava ensinando, como está nos ensinando hoje, que antes da visão existe o processo da obediência. Existe um Moisés para ordenar, existe um Arão para tocar a trombeta, o Shofar. Existe uma direção pofética a ser seguida , existe uma ordem sacerdotal a ser obedecida. Aí sim poderemos seguir.
Me permita a ousadia mas estou escrevendo para uma geração que tornou-se pastora do seu próprio coração. Uma geração que tem muito alvorço nas palavras, mas cuja a alma deserta denuncia o lugar em que se encontram na ótica de Deus.Uma geração que não percebe que está sendo tratada no deserto de suas obstinações. Que diz não seguir homens e que são profetas de sí mesmos(Jd 12).Que se tornaram "faraós" do Reino sendo capazes de decidir sem a opinião de seu Moisés, de seu pastor, o que devem levar em sua bagagem de vida, quando e como devem sair .Esses "pequenos faraós" simplismente dizem: "senti no coração". Os mais religiosos dizem: "Deus já me falou".
Acredito que para alguns , esse artigo poderá soar como uma apologia a ditadura pastoral também tão evidente em nosso tempo. Mas acreditem, não é nada disso.O que estou querendo dizer é que em nossa trajetória de vida , quando existe Aliança como resultado do Amor, a Ordem e a Obediência andam de mãos dadas sem que ninguém as obrigue.Não é submissão cega, é aliança com discernimento.
Se você não faz parte dessa geração, então parabéns, essa palavra não é para você.
Graça e Paz.
Marcos Joaquim