TRADUTOR

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

OUVIDO NO PEITO OU PÃO NA BOCA? QUAL É SUA ESCOLHA?

Em verdade, em verdade vos digo que um dentre vós me trairá. Então os discípulos olharam uns para os outros, sem saber a quem ele se referia. Ora, estava ali conchegado a Jesus um dos seus discípulos, aquele a quem ele amava;a esse fez Simão Pedro sinal, dizendo-lhe:Pergunta a quem ele se refere. Então aquele discípulo, reclinado-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe:Senhor, quem é? Respondeu-lhe Jesus:É aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado.
João 13.21-26

Quero começar esta postagem com a seguinte pergunta: Qual é a sua posição no Reino de Deus?Desde do ano passado tenho me ocupado em ensinar a igreja sobre a importância de descobrirmos quem somos e onde estamos, com relação ao Projeto de Deus. Nisto, temos compartilhado que, em seu ministério terreno, Jesus andava cercado por três tipos de pessoas: As Multidões, os Religiosos e os Discípulos. As Multidões viviam a procura de milagres ou qualquer coisa que aliviasse suas crises e doenças; quanto aos Religiosos estavam em busca de uma efervescente discussão e debates inúteis que nunca modificavam suas próprias vidas. A estes Jesus confrontava com a Palavra, pois é assim que se trata esta doença chamada religiosidade, que nos permite conhecer Deus sem, todavia, experimentá-lo. Religioso é assim, fala do que aprendeu mas não sabe falar do que nunca experimentou(Mt 23.4,27). Quanto as Multidões, Jesus as tratava com amor, lhes ensinava e as curavam. Voltavam para suas casas com suas bençãos, todavia sem a companhia do Abençoador( Qualquer semelhança, Não é mera coincidência). Já os Discípulos não, estes voltavam com Jesus para casa e era lá que o culto continuava, já que culto não é uma simples reunião e sim um contínuo estilo de vida(Mc 4.10). Há no entanto, que se entender que existem discípulos e discípulos, isto é, discípulos que estão longe, discípulos que estão perto e discípulos que estão perto mas seus interesses estão longe, distantes do propósito do Mestre. Posicionados a mesa com Jesus, na noite da última ceia estavam seus doze discípulos, Jesus solta uma "bomba"revelando que um deles era um traidor, um deles era infiel. Vale ressaltar que o sentido precípuo de uma pessoa Infiel não é apenas aquela que não trai e sim aquela que não é digna de Confiança. Judas não era apenas um traidor, mas também indigno de confiança( Precisamos analisar se realmente somos fieis). Pedro, de longe, pede a João, o aconchegado ao peito do Mestre, para que o pergunte quem era, pois quem está distante não tem direito a revelação é e incapaz de compreendê-la devido a distância ,pela posição que escolheu na mesa do banquete. Mas não basta estar perto é preciso estar dentro. Judas estava tão próximo que recebe o pão na boca, sinal revelado por Jesus a João pelo qual o traidor seria denunciado(Jo 13.26), porém seu coração era de fora, tanto que ao receber o pão e tendo o diabo entrado nele, pois quem por Deus não é ocupado torna-se invadido por aquele, sai no meio das trevas, que por sua vez é símbolo da ignorância e território diabólico(Jo 13.30). Chego então a uma conclusão: Não quero ser como Judas que participa do banquete, recebe pão na boca mas caminha nas trevas. Não quero ser como um traidor que está perto mas não está dentro, que está visível mas que não é digno de confiança. Que come do que o Mestre da, recebe o que o Mestre tem mas não se torna no que o Mestre quer. Não quero ser como Judas que teve sua morte como resultado do seu próprio desejo. Não quero ser como Judas cujos os relacionamentos com pessoas do lado de fora, era contrário aos princípios da aliança dos discípulos que estavam do lado de dentro, ao lado do Mestre. Quero ser como João, que não recebeu pão na boca, mas manteve-se com o ouvido no peito de Jesus de tal maneira que foi o único que compreendeu a revelação. Os outros não entenderam(Jo 13.27-29). Só quem matêm a cabeça no peito do Mestre é capaz de ouvir as mais íntimas revelações que delinearão novos trajetos. Creio que só aqueles que decidiram abrir mão de comer o pão da traição, abdicar de seus próprios interesses e não ultrapassar a linha divisória do cenáculo onde o Mestre permanece, poderão se tornar discípulos dignos das mais excelentes revelações e não serem como os demais que vivem de suposições. Não foi em vão que o escritor do maior e mais profundo livro de revelações da Bíblia, foi o apóstolo João, o livro da Revelações, o livro do Apocalipse.

Eu creio e você?

Graça e Paz!

Marcos Joaquim

domingo, 13 de novembro de 2011

A PARÁBOLA DO TIJOLO E DA ESPONJA DE AÇO




"Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o modo."
"Porque para todo propósito há tempo e modo; porquanto a miséria do homem pesa sobre ele." Ec 8.5,6
Este é um diálogo sobre propósitos, sobre o verdadeiro motivo da existência tanto de coisas quanto de pessoas. Partimos do princípio de que tudo que existe nesta vida possui em si uma razão que justifica tal existência e que o não cumprimento deste propósito desajusta relacionamentos, fere pessoas e assassina expectativas.

Era uma vez um Tijolo e uma Esponja de Aço que se encontraram em uma oficina para concertos de coisas quebradas. O Tijolo estava cheio de fraturas por todos os lados e a Esponja cheia de hematomas e inchaços, fora as ferrugens que gradativamente se espalhavam por todo seu corpo. Tendo sido colocados um ao lado do outro, iniciaram um diálogo enquanto aguardavam atendimento.
-Por que você veio parar aqui ?- perguntou a esponja- Uma cama caiu sobre mim- Como? -Alguém resolveu substituir o pé da cama que quebrou, por mim. Até resisti durante um tempo mas depois sucumbi por causa do peso e do sobe e desce das pessoas. Sempre sonhei em fazer parte de uma parede ou de um muro, afinal de contas foi para isso que fui criado, mas as pessoas não entendem isso. Acabei causando transtornos dentro de casa, estragando a expectativa de quem queria deitar. Tudo porque as pessoas não entenderam que aquilo que não cumpre seu propósito específico, torna infeliz a vida de todos aqueles que vivem na jurisdição da sua existência. Mas e você, pobre esponja, por que está aqui? O que causou estas lesões em você?- Perguntou o frustrado Tijolo -Cai de cima da antena. -Como?- Disse abismado, o Tijolo- Igual a você, eu também tinha muitos sonhos e planos. Gostaria de contribuir para que houvesse constante brilho nas panelas e provocar admiração nas pessoas, ao verem seus próprios rostos refletidos nos metais que eu lustrei. Mas as pessoas não entenderam o propósito da minha existência e me penduraram na ponta de uma grande antena, o tempo passou e não pude mais resistir a esse modo de vida. Então cai e estou do jeito que você está vendo-
Neste momento um homem entra no quarto e interrompe o diálogo dos pacientes. Em sua mão trazia um Livro. E disse a seus clientes que logo sairiam dali restaurados e prontos para cumprirem o propósito de suas existências, pois seriam tratados conforme as prescrições contidas no Livro. O Homem então, diz ao Tijolo e a Esponja de Aço, o seguinte: "Mais importante do que os concertos e reparos que sofremos na vida, é a consciência que precisamos ter, de que possuimos um Propósito que justifica a razão da nossa existência. Mas ao saírem daqui, vocês precisarão levar uma cópia destas prescrições, pois ela também nos ensina duas coisas importantes que definirão, para vocês, um novo destino e um novo futuro. O Livro diz que para todo propósito há Tempo e Modo. Isto significa que quem quiser atingir o real Modo de vida para o qual foi criado, não pode desrespeitar o Tempo que lhe foi dado. Ou seja quem não aproveita o Tempo do concerto nunca terá um modelo de vida feliz. Tudo isso transtorna o curso da vida pois o que não atende ao seu propósito jamais frutificará e aquilo que não frutifica é sentenciado a morte. É assim que o livro diz". Intrigados, o Tijolo e a Esponja, perguntam ao Homem: "Mas,que Livro é este?" Ao que respondeu o Homem: "A Bíblia".

Termino esta parábola com a seguinte reflexão: Creio que não nasci para morrer de "pé de cama" nem para viver desequilibrado em cima de uma "antena", enferrujando enquanto o tempo passa. Eu creio que nasci para cumprir um propósito específico e colaborador com a trajetória da existência humana. Eu creio em cada uma daquelas prescrições contidas no Livro como regra para o cumprimento do meu propósito. Eu creio e você?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim