TRADUTOR

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A FORMAÇÃO DE UMA POSTERIDADE

E a sua posteridade será conhecida entre as nações, e os seus descendentes no meio dos povos; todos quantos os virem os reconhecerão como descendência bendita do Senhor.Is 61.9

Este domingo, 18 de Dezembro foi um dia especial dentro difícil ano de 2011. Tive a honra de batizar cinco novos discípulos, na parte da tarde e a noite apresentei ao Senhor, duas belíssimas crianças, num ato profético e sacerdotal, diante da igreja e do altar. Esses dois fatos embasaram a mensagem pregada neste dia especial pois ao olhar para estas sete pessoas, cinco no batismo e duas na consagração, eu não as via apenas como uma obrigação ministerial a ser cumprida mas via nelas o cumprimento de uma vontade e de um planejamento divino. Aqueles cinco discípulos, cada um deles com suas características personalidades e sonhos eram mais do que batizandos, eram uma expectativa de Deus a fim de formarem uma posteridade que o honre na terra. Aquelas duas crianças me deram o prazer de ser participantes do início de suas histórias e ao suspendê-las diante do altar estava levantando mais do que um menino e uma menina, mas sim duas posteridades que diante dos pais continuavam suas próprias trajetórias. Isso significa que cada ser humano nascido não é um acidente de percurso ainda que sua gravidez tenha sido indesejada, ainda que sua gestação tenha sido inesperada. Nada pega a Deus de surpresa. Sim, verdadeiramente, não somos um acidente de percurso, nem se quer um mero resultado de uma colisão entre um espermatozoide e um óvulo. Somos resultado de uma intenção divina. Por isso Deus se reporta a Israel, a seu povo, dizendo que seus filhos seriam conhecido entre as nações e seus descendentes no meio dos povos, pois cada ser humano é a continuidade de uma história e, em Deus, capaz de aperfeiçoá-la.(Fp1.6). Acredito no evangelho, não apenas como regra de fé e prática mas também, como um instrumento lapidador de uma geração e que através do caráter de Cristo impregnado na vida dos que não apenas crêem mas estão Nele, formam uma posteridade de homens e mulheres saudáveis sobre a terra. Acredito deste jeito que ao pregar o evangelho não estou meramente trabalhando para encher uma igreja local, mas para ser co participante no trabalho de Deus em formar uma nova geração que contraste com a atual .

O que de mais lindo entendo neste texto é que, ter a nossa posteridade conhecida entre as nações e nossa descendência no meio dos povos, não significa necessariamente que um dia eles terão que ir ou estarem lá. Mas que suas Atitudes, Ideias e Construções poderão atravessar fronteiras e a barreira do tempo. Um homem pode passar, mas suas Atitudes, Ideias e construções permanecem depois dele. E dependo da qualidade destas três coisas, este homem será amado ou odiado; desejado ou rejeitado. Quando estive na Alemanha percebi o esforço daquela nação para apagar a memória de Hitler, pois todo nome lembra uma atitude e o ao nome deste ditador, foi uma vergonha para a nação germânica e para o mundo. Portanto o contrário também é verdadeiro, ou seja, creio que nossa posteridade será conhecida por ideias férteis e atitudes construtivas. Creio que cada pai, na qualidade de sacerdote do lar,que se dá ao trabalho de impôr suas mãos sobre seus filhos; e com a autoridade que lhes foi conferida, abençoar seu futuro, colheram o fruto deste trabalho. Creio que cada pastor, na qualidade de profeta em sua igreja e nação que não objetiva apenas um sucesso passageiro e local mas um triunfo eterno e que ultrapasse as fronteiras de sua jurisdição e por causa desta visão, trabalha na formação de uma posteridade, será levado a sério pelo céu. Creio, por isso preguei e agora escrevo. Creio que a ideia de Deus não é que sejamos um simples e opaco ajuntamento de gente dentro de um mesmo espaço mas que sejamos vistos e reconhecidos como família bendita do Senhor. Você também crê?

Graça e Paz!

Marcos Joaquim

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PROMOTORES DA PRESENÇA DE DEUS PARTE III ARRUME A CASA

Então todo o povo se retirou, cada um para a sua casa; e Davi voltou para abençoar a sua casa. I CR 16.43

Chegamos na terceira e última parte do nosso estudo. Assim sendo, quero que jamais que nos esqueçamos de que Deus está nos convocando nestes últimos dias que antecedem a volta de Jesus, a nos tornarmos Resgatadores da Arca, Promotores de sua Presença. Vimos como o povo de Israel viveu sem a Presença por mais de vinte anos, o que contribuiu para que as novas gerações não aprendesse,m a lidar com a Arca, ou seja a se relacionarem com Deus. Davi cumpri então dois princípios necessários a quem quer se tornar Promotor da Presença de Deus, ele Prepara o Lugar e Copia o Modelo(vide partes 1 e 2) . Após três meses da estadia da Arca na casa de Obede Edom(I Cr 13.14), Davi a trouxe para a tenda que havia preparado de acordo com o modelo dado por Deus a Moisés, mas desta vez cumpre um último princípio de quem não se conforma em ver a Presença de Deus limitada a uma casa, pois os Promotores da Presença de Deus são assim. Eles são inconformados e entendem que a Presença de Deus deve ser manifesta a todos embora nem todos queiram promovê-la mas em vez de adoradores, são admiradores, aqueles que não trazem a Arca para dentro do Lugar preparado mas ficam do lado de fora admirando a bênção na casa dos "Obedes". Davi agora entende que é preciso dar mais uma passo para que a Presença de Deus não se limite a alguns nem tampouco a um momento passageiro do culto.
Arrume a Casa
Este é o terceiro princípio do Promotores da Presença. Arrumar a Casa está relacionado a quatro perguntas que uma vez respondidas irão nortear a saúde do nosso relacionamento com Deus: De onde viemos? Como viemos? Para onde iremos? e Como Iremos? Muito do fazemos é resultado de nossas origens; a maneira como agimos está relacionada a nossa casa. É isso que quero refletir com você na primeira e na segunda pergunta. Nosso futuro e a maneira como vamos chegar está relacionado ao ponto de partida. É este entendimento que quero provocar em você com a terceira e segunda pergunta. Atente para o fato de que a Arca partiu da casa dos filisteus e lá, provocou transtornos, pois quem com Deus não sabe se relacionar, vive transtornado. Arca então, passa pela casa de Abinadabe, que aparentemente, não educa seus filhos como se trata com Deus e seus princípios. Gerou morte. Agora, a origem da Arca era diferente. Agora ela estava vindo da casa de um homem que soube como lidar com Deus através de princípios, pois a Presença de Deus na casa exige um ambiente favorável a sua permanência.Assim sendo, digo que não quero me relacionar com Deus na reunião da igreja, no culto, e não saber lidar com as contrariedades dentro de casa. Não quero dançar do lado de fora e prantear do lado de dentro. Não quero. Davi ao voltar para casa encontra a contrariedade de quem não tinha sua visão. Mical, filha de Saul estava acostumada a manter as aparências, como havia aprendido na qualidade de princesinha do papai. Saul gostava de manter as aparências, até mesmo depois de deposto, procurou mantê-la(ISm 15.30). O que Davi estava vivendo em casa não correspondia ao que estava experimentando do lado de fora dela. Por isso temos tantos filhos desajustados, mesmo quando seus pais membros de uma igreja. Eles vêem um "dançarino da Arca"do lado de fora que ri, brinca e celebra no meio do povo, mas que no a sós com os seus, com a igreja doméstica, é um fracasso. Mas antes de voltar para casa, Davi se estabelece nas duas primeiras perguntas que fiz anteriormente: "De onde estou vindo e como estou?". Faça a você mesmo estas perguntas ao sair de um culto. Digo o porquê . A coisa mais resistente diante de qualquer conflito é o propósito. A Bíblia diz que o propósito de Davi era voltar para casa a fim de abençoá-la e não transtorná-la(ICr 16.43). No Reino de Deus nossas contribuições não resultados de condições, mas sim de um propósito(Cada um contribua segundo propôs no seu coração II Co 9.7). Isto significa que aquilo que precisamos fazer, não acontecerá como resultado de nossa própria capacidade mas sim como resultado do propósito que temos. Deus lhe dará condições de lidar com as contrariedades da sua casa quando seu propósito se tornar mas forte do que sua condição. Creio que você se tornará um Promotor da Presença de Deus em sua casa ainda que as condições não sejam favoráveis, pois Deus vê o propósito e não a circunstância. Creio que somos capazes de levarmos a nossa casa para o culto mas também de levarmos o culto para dentro de casa. Creio que posso continuar cultuando mesmo quando a bênção já tenha sido impetrada, creio que mesmo quando as luzes do templo se apagam a minha lâmpada possa ficar acesa. Creio que nosso culto não acaba na porta do templo, creio que ele pode atravessar as fronteiras da nossa casa, tornando nosso solo em território sagrado. Creio que os Promotores da Presença de Deus tem como maior clientela de seu trabalho, os de dentro de sua casa.Por isso, conserte a sua casa. Eu creio e você?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PROMOTORES DA PRESENÇA DE DEUS PARTE II COPIE O MODELO

Santificaram-se, pois, os sacerdotes e os levitas para fazerem subir a arca do Senhor Deus de Israel.

E os levitas trouxeram a arca de Deus sobre os seus ombros, pelos varais que nela havia, como Moisés tinha ordenado, conforme a palavra do Senhor.” I Cr 15.14,15

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Na primeira parte deste estudo, falamos da necessidade de Prepararmos o Lugar, para o resgate da Arca, para o retorno da Presença de Deus em nossos ajuntamentos. Aqui, vamos continuar nesta trajectória, a semelhança de Davi que após ter preparado o lugar para a Arca, lança mão do segundo princípio necessário para a Restauração da Presença e que faz parte da atitude de todo aquele que se voluntariou a se tornar um Promotor da Presença e não meramente um assistente de culto. Davi entendeu que somos capazes de oferecer a Deus um culto alegre, porém vazio de princípio (ICr13.8). Ele entendeu que é possível cultuarmos a Deus, indiferentes ao fato de que para Deus , mais importante do que aquilo que oferecemos, é como oferecemos, pois o interesse maior de Deus não é a oferta, mas sim o ofertante. Antes da morte de Uzá, em pleno culto animado, tanto o Pastor Davi, quanto a igreja que o acompanhava, importaram-se muito mais com a performance do que com o modo. Assim sendo, não importava o como e sim o que. A semelhança de nossos dias, onde o fazer tornou-se mais importante do que o ser, porque ignoramos que é a essência do ser que define a qualidade daquilo que fazemos. Ou seja, o que sou define o que faço, deste modo, se sou negligente, ignoro princípios, se sou indiferente, me importo com que você tem e não com quem você é. Por isso o Pastor Davi foi indiferente aos ombros levitas, já que possuía um carro novo. Afinal de contas, quem precisa de um músico consagrado se os instrumentos são de última geração? Porque exigir que eles se santifiquem, jejuem e cheguem, cedo, antes do culto começar, não para afinar os instrumentos, mas para Prepararem o Lugar em oração? Para que? Afinal de contas eles tocam tão bem! São tão habilidosos! Ah Pastor Davi! Esqueceu-se que Uzá e Aiô, apesar de serem filhos de sacerdote, filhos de Abinadabe, negligenciaram os vinte anos da presença da Arca em sua casa. Um pecou sendo irreverente tocando na Arca. O outro foi indiferente, por não se pronunciar pedindo ao rei que não os trocasse por carroças. Sem contar com a negligência do pai, que durante vinte anos não destilou na vida de seus dois filhos que mais importante do que sentir a presença de Deus é a maneira como nos relacionamos com ela. Ah como estamos vivendo coisas semelhantes em nossos dias, como vivemos em plenos dias de negligência sacerdotal e indiferença pastoral, onde não se percebe que Bíblia na mão não é o mesmo que a Palavra no coração, onde os pais, os"abinadabes" dos tempos modernos, não aproveitam a oportunidade que possuem para despertarem seus "Aiôs" e curá-los da indiferença. Para corrigirem seus "Uzás" a fim de livrá- los da morte por irreverência aos princípios( ISm 7.1,2;ICr 13.7) Tudo isso foi resultado da atitude de um povo que se acostumou a viver sem a Presença da Arca e assim sendo, enveredou-se por um estilo de vida e de culto diferente do aceitável por Deus, porque mais importante do que aquilo que oferecemos a Deus, é aquilo que Deus aceita. Com esta convicção o Pastor Davi observa o segundo princípio para que sejamos Promotores da Presença de Deus.
Copie o Modelo
Depois de Prepararmos o Lugar, precisamos entender que todo culto prestado a Deus precisa referendar-se num modelo. Isto significa que aquilo que a Deus ofertamos não pode ser resultado daquilo que entendemos ser o melhor ou mero resultado daquilo que pensamos ser o máximo de nossas possibilidades. Deus è quem tem o padrão de excelência. Davi deixou o modelo de Deus dado a Moisés, para estabelecer uma norma de conduta de acordo com o modelo filisteu de conduzir a Arca(Ex 25.9-14; ISm 6.8). Os filisteus carregaram a Arca em carros por não haver entre eles, levitas e onde não há pessoas devidamente separadas, as coisas, as carroças, assumem lugar de destaque. Temo que um dos maiores motivos de termos cultos tão distantes da Arca está na desobediência ao padrão de Deus,ao nosso estilo próprio e pessoal de ser. Acredito que nossa maneira particular de decidir o que vamos ofertar, levou a Arca embora. Muita gente não sabe, mas muito do comportamento moral e social que temos hoje, é resultado de modelos importados e copiados de fora e de muito tempo atrás. Assim sendo o que vestimos o que falamos e que abraçamos como estilo de vida está intimamente relacionado com uma norma padrão copiado de alguém. Fala-se muito, hoje em dia, de igrejas que estão "veterotestamentalizando" seus cultos, onde o shofar é tocado, festas judaicas resgatadas e deste jeito,essas igrejas, de acordo com os críticos, estão judaizando o cristianismo. No entanto muito destes críticos não se importam se suas ovelhas se trajam com as artistas de novela esbanjando sensualidade e nem se suas festas estao mais para Roma do que para Jerusalém; mais para "arraiá" junino do que para arraial do povo de Deus. Pois lá rola de tudo, desde qualquer tipo de música, até qualquer tipo de bebida. Uma espécie de igreja multicolorida, onde se faz um pouquinho de tudo para se agradar a todos. São da geração de Davi e Abinadabe antes da morte de Uzá em pleno culto. O importante é se alegrar, o resto não importa. Afinal de contas, que modelo de igreja é este? Alguém me ensina?
Abinadabe, não foi modelo para seus filhos, Davi não preservou o modelo mas a tempo o recuperou a fim de a Arca retorna-se. Promotores são assim, não são os atores principais mas trabalham a fim de que o evento aconteça e O Principal apareça. Creio num tempo de promotores da Presença de Deus, creio num tempo onde pais se tornarão modelos para seus filhos e estes digam ''quero ser como este homem''; Creio em uma igreja sedenta pela Arca, inconformada e que tenha em seu pastor, um modelo a ser copiado. Creio em uma igreja cuja a proposta de vida seja de tal forma excelente que esta sociedade carente de referenciais e cheia de modelos vazios, olhe para nós,a fim de que possam se levantar e andar(At 3.4).
Creio, por isso convoco você através desta postagem a se alistar neste exército de promotores da Presença de Deus e que seu modelo de vida seja de Jerusalém e não da Filistia, não de Roma não de Babilônia, não do mundo. Que esta geração de meninos e meninas que nunca viram a Arca, nunca sentiram e, muito menos, se relacionaram com a Presença de Deus, saiba que ela existe e que olhando para o nosso modelo de vida, não tenha nenhuma duvida disso. Em fim, creio numa geração de pastores e profetas, cujo o principal anelo ministerial, não seja o aumento quantitativo de seu rebanho e consequentemente de seus bens, mas sim de um ardente desejo de serem uma representação expressa de Jesus na terra, através do modelo de sua conduta(IJo 2.6). Creio que preciso também ser um desses.
Eu creio e você?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim

sábado, 3 de dezembro de 2011

PROMOTORES DA PRESENÇA DE DEUS PARTE I PREPARE O LUGAR

"Levaram a arca de Deus sobre um carro novo, tirando-a da casa de Abinadabe; e Uzá e Aiô guiavam o carro.
Davi e todo o Israel alegravam-se perante Deus com todas as suas forças, cantando e tocando harpas, alaúdes, tamboris, címbalos e trombetas.
Quando chegaram a eira de Quidom, Uzá estendeu a mão para segurar a arca, porque os bois tropeçavam.
Então se acendeu a ira do Senhor contra Uzá, e o Senhor o feriu por ter estendido a mão à arca; e ele morreu ali perante Deus.
E Davi se encheu de desgosto porque o Senhor havia irrompido contra Uzá; pelo que chamou aquele lugar Pérez-Uzá, como se chama até o dia de hoje."....
... "Então disse Davi: Ninguém deve levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o Senhor os elegeu para levarem a arca de Deus, e para o servirem para sempre..." Convocou, pois, Davi todo o Israel a Jerusalém, para fazer subir a arca do Senhor ao seu lugar, que lhe tinha preparado...

..."E os levitas trouxeram a arca de Deus sobre os seus ombros, pelos varais que nela havia, como Moisés tinha ordenado, conforme a palavra do Senhor." I Sm 13.7-11; 15.2,3,4,15

Pelo que temos substituído a Presença de Deus, quando nos reunimos para cultuá-lo? O que é mais importante do que sentir a Presença de Deus? Em tempos de tanto esvaziamento espiritual como este, como trazer de volta a Presença de Deus? Por que consideramos “culto abençoado”, apenas ao que acontece no domingo a noite e desaparece na segunda feira? Procuro nesta postagem, responder a estas perguntas que fervem dentro da minha própria alma. Os textos bíblicos acima nos dão uma ampla visão da importância da Presença de Deus e a nossa postura com relação a ela. A semelhança de nossos tempos, Israel passava por um período de esvaziamento espiritual por causa da ausência da Arca, símbolo da Presença do Eterno. Vinte anos e sete meses se passaram e isso foi o suficiente para que Israel, liderado por Davi perdesse o modelo certo de como devemos cultuar a Deus( I Sm 6.1; 7.2). Davi e a igreja que pastoreava acostumaram-se a cultuar sem a Presença de tal modo que substituíram pessoas por coisas, velhos sacerdotes por carros novos. Ah pastor Davi! Que feriu o princípio do modelo israelita dado por Moisés, para substituí-lo pelo modelo filisteu, de cultuar. O culto filisteu cultua com coisas, mas o culto de Israel é com gente. O culto filisteu é feito para que um problema seja resolvido, já o de Israel para celebrar o Eterno pelo fato Dele estar presente(6.7-12). O que mais me deixa estarrecido nisto tudo é que muitos moradores de Bete Semes, morreram por que olharam para dentro da Arca. O que, para mim, sinaliza que curiosidade desrespeitosa mata, pois aqueles homens não se aproximaram da Arca pela sublimidade da Presença de Deus, mas sim pelo interesse egoísta em descobrir o que ela continha, e que satisfizesse seus próprios desejos . Uma triste coincidência com os dias atuais, onde muitos estão “buscando” Deus por aquilo que ele tem e não por quem Ele é.Temo que a semelhança da geração de Davi, estejamos tentados a carregar a Presença em carros novos em vez de resgatá-la nos ombros da responsabilidade(I Cr 15.15). Uma geração que ficou vinte anos sem a Presença de Deus e que possivelmente acostumou-se a viver com este vazio e aquilo com o qual nos acostumamos, nos conduz a agir sem refletir. Tenho dito aos meus filhos, um de dezenove anos e o outro de dezesseis, que eles fazem parte de uma geração que não viu muita coisa da manifestação da Presença de Deus de vinte anos atrás. Assim como muitas jovens e adolescentes, no tempo de Davi, que ao nascerem , a Arca da Aliança já não estava presente, por isso, devem ter achado o culto na “carroça”, o máximo. Digo sempre aos meus filhos, bem como aos que pastoreio, que , mais do que sentir a Presença de Deus é preciso atraí-la a fim de que ela não se limite a um domingo a noite mas que permaneça sobre nós modificando nossa conduta e qualificando nosso modelo de vida. Creio que a razão de tanta frieza e morte espiritual dá-se pela presença de gente com coração de Uzá que ao invés de dançar com o Rei, está preocupado com o tropeço dos bois(ICr 13.9). Por isso estamos vendo gente saindo morta como entrou, quando deveria sair viva pelo que recebeu dentro. Todavia, o erro do Pastor Davi, não foi maior do que sua nobreza em aprender com ele. Aprender a tomar atitudes certas a partir de seus próprios erros é prerrogativa de qualquer líder que têm pacto com a excelência. Davi resolve não apenas sentir a Presença de Deus, mas se tornar um promotor dela e para isso tomou três atitudes dignas de ser copiadas, as quais não só passo a relatar, como também sugerir como princípios fundamentais para que nossos cultos não sejam meros exercícios de euforias, porém vazios e sem vida.Nesta postagem tratarei apenas da primeira como início de nossa trajetória para o resgate da Arca.

Prepare o Lugar

O primeiro princípio observado por Davi foi o Princípio do Preparo, isto é, ele entendeu que qualidade do solo define o destino da semente, assim sendo entendemos que a manifestação de Deus acontece em solo preparado, em ambiente exclusivamente dedicado( ICr 15.1). Quantas vezes estamos reunidos, cantando sobre a presença de Deus mas há uma desordem instalada no ambiente. Uns conversam sobre o resultado do jogo, outros estão comendo seu lanchinho enquanto “cultuam”, outros estão atendendo celular, sem contar com as crianças que copiam este modelo filisteu de ser, o modelo da “carroça”(ISm 6.10). Prepare o lugar, esvazie-o da soberba,da desordem da auto suficiência, da maneira pessoal de ser, da negligência e da indiferença. Atletas se preparam para disputar, cama se prepara para dormir, pessoas se preparam para casar, ambiente se prepara para receber a Arca, Jesus subiu a fim de nos preparar lugar(Jo 14.2), quando Deus criou o homem, tudo já estava preparado para recebê-lo. Creio que uma das razões que irá trazer a Arca de volta está no coração que se preparou exclusivamente para Deus e Deus gosta de exclusividade. Quantas pessoas você conhece que passa um tempo em oração antes de se dirigir ao local de culto, onde a igreja se reúne? Quantas igrejas conhecemos que separa um período de oração exclusiva pelo culto a ser oferecido e não apenas uma breve oração inicial? Aliás, alguém viu por ai a Dona Reunião de Oração? Davi entendeu que sem o local preparado seria ajuntamento sem avivamento, seria arca sem presença, seria coisa sem vida, seria pessoas presente mas seria Deus ausente. Creio que este primeiro princípio, aqui estudado serve como ponto de despertamento para nos tornarmos promotores do retorno da Arca; creio que somos a geração pós vinte anos e sete meses, creio que somos a geração que aprende com os erros e que não se conforma com o culto da “carroça”. Creio que não fomos chamados para nos acostumarmos com a ausência de Deus, nem permitir que a geração dos nossos jovens a semelhança dos efésios dos tempos do apóstolo Paulo, nem sequer saiba que há Espírito(At 19.2) Eu creio e você?

Graça e Paz!

Marcos Joaquim

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

OUVIDO NO PEITO OU PÃO NA BOCA? QUAL É SUA ESCOLHA?

Em verdade, em verdade vos digo que um dentre vós me trairá. Então os discípulos olharam uns para os outros, sem saber a quem ele se referia. Ora, estava ali conchegado a Jesus um dos seus discípulos, aquele a quem ele amava;a esse fez Simão Pedro sinal, dizendo-lhe:Pergunta a quem ele se refere. Então aquele discípulo, reclinado-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe:Senhor, quem é? Respondeu-lhe Jesus:É aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado.
João 13.21-26

Quero começar esta postagem com a seguinte pergunta: Qual é a sua posição no Reino de Deus?Desde do ano passado tenho me ocupado em ensinar a igreja sobre a importância de descobrirmos quem somos e onde estamos, com relação ao Projeto de Deus. Nisto, temos compartilhado que, em seu ministério terreno, Jesus andava cercado por três tipos de pessoas: As Multidões, os Religiosos e os Discípulos. As Multidões viviam a procura de milagres ou qualquer coisa que aliviasse suas crises e doenças; quanto aos Religiosos estavam em busca de uma efervescente discussão e debates inúteis que nunca modificavam suas próprias vidas. A estes Jesus confrontava com a Palavra, pois é assim que se trata esta doença chamada religiosidade, que nos permite conhecer Deus sem, todavia, experimentá-lo. Religioso é assim, fala do que aprendeu mas não sabe falar do que nunca experimentou(Mt 23.4,27). Quanto as Multidões, Jesus as tratava com amor, lhes ensinava e as curavam. Voltavam para suas casas com suas bençãos, todavia sem a companhia do Abençoador( Qualquer semelhança, Não é mera coincidência). Já os Discípulos não, estes voltavam com Jesus para casa e era lá que o culto continuava, já que culto não é uma simples reunião e sim um contínuo estilo de vida(Mc 4.10). Há no entanto, que se entender que existem discípulos e discípulos, isto é, discípulos que estão longe, discípulos que estão perto e discípulos que estão perto mas seus interesses estão longe, distantes do propósito do Mestre. Posicionados a mesa com Jesus, na noite da última ceia estavam seus doze discípulos, Jesus solta uma "bomba"revelando que um deles era um traidor, um deles era infiel. Vale ressaltar que o sentido precípuo de uma pessoa Infiel não é apenas aquela que não trai e sim aquela que não é digna de Confiança. Judas não era apenas um traidor, mas também indigno de confiança( Precisamos analisar se realmente somos fieis). Pedro, de longe, pede a João, o aconchegado ao peito do Mestre, para que o pergunte quem era, pois quem está distante não tem direito a revelação é e incapaz de compreendê-la devido a distância ,pela posição que escolheu na mesa do banquete. Mas não basta estar perto é preciso estar dentro. Judas estava tão próximo que recebe o pão na boca, sinal revelado por Jesus a João pelo qual o traidor seria denunciado(Jo 13.26), porém seu coração era de fora, tanto que ao receber o pão e tendo o diabo entrado nele, pois quem por Deus não é ocupado torna-se invadido por aquele, sai no meio das trevas, que por sua vez é símbolo da ignorância e território diabólico(Jo 13.30). Chego então a uma conclusão: Não quero ser como Judas que participa do banquete, recebe pão na boca mas caminha nas trevas. Não quero ser como um traidor que está perto mas não está dentro, que está visível mas que não é digno de confiança. Que come do que o Mestre da, recebe o que o Mestre tem mas não se torna no que o Mestre quer. Não quero ser como Judas que teve sua morte como resultado do seu próprio desejo. Não quero ser como Judas cujos os relacionamentos com pessoas do lado de fora, era contrário aos princípios da aliança dos discípulos que estavam do lado de dentro, ao lado do Mestre. Quero ser como João, que não recebeu pão na boca, mas manteve-se com o ouvido no peito de Jesus de tal maneira que foi o único que compreendeu a revelação. Os outros não entenderam(Jo 13.27-29). Só quem matêm a cabeça no peito do Mestre é capaz de ouvir as mais íntimas revelações que delinearão novos trajetos. Creio que só aqueles que decidiram abrir mão de comer o pão da traição, abdicar de seus próprios interesses e não ultrapassar a linha divisória do cenáculo onde o Mestre permanece, poderão se tornar discípulos dignos das mais excelentes revelações e não serem como os demais que vivem de suposições. Não foi em vão que o escritor do maior e mais profundo livro de revelações da Bíblia, foi o apóstolo João, o livro da Revelações, o livro do Apocalipse.

Eu creio e você?

Graça e Paz!

Marcos Joaquim

domingo, 13 de novembro de 2011

A PARÁBOLA DO TIJOLO E DA ESPONJA DE AÇO




"Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o modo."
"Porque para todo propósito há tempo e modo; porquanto a miséria do homem pesa sobre ele." Ec 8.5,6
Este é um diálogo sobre propósitos, sobre o verdadeiro motivo da existência tanto de coisas quanto de pessoas. Partimos do princípio de que tudo que existe nesta vida possui em si uma razão que justifica tal existência e que o não cumprimento deste propósito desajusta relacionamentos, fere pessoas e assassina expectativas.

Era uma vez um Tijolo e uma Esponja de Aço que se encontraram em uma oficina para concertos de coisas quebradas. O Tijolo estava cheio de fraturas por todos os lados e a Esponja cheia de hematomas e inchaços, fora as ferrugens que gradativamente se espalhavam por todo seu corpo. Tendo sido colocados um ao lado do outro, iniciaram um diálogo enquanto aguardavam atendimento.
-Por que você veio parar aqui ?- perguntou a esponja- Uma cama caiu sobre mim- Como? -Alguém resolveu substituir o pé da cama que quebrou, por mim. Até resisti durante um tempo mas depois sucumbi por causa do peso e do sobe e desce das pessoas. Sempre sonhei em fazer parte de uma parede ou de um muro, afinal de contas foi para isso que fui criado, mas as pessoas não entendem isso. Acabei causando transtornos dentro de casa, estragando a expectativa de quem queria deitar. Tudo porque as pessoas não entenderam que aquilo que não cumpre seu propósito específico, torna infeliz a vida de todos aqueles que vivem na jurisdição da sua existência. Mas e você, pobre esponja, por que está aqui? O que causou estas lesões em você?- Perguntou o frustrado Tijolo -Cai de cima da antena. -Como?- Disse abismado, o Tijolo- Igual a você, eu também tinha muitos sonhos e planos. Gostaria de contribuir para que houvesse constante brilho nas panelas e provocar admiração nas pessoas, ao verem seus próprios rostos refletidos nos metais que eu lustrei. Mas as pessoas não entenderam o propósito da minha existência e me penduraram na ponta de uma grande antena, o tempo passou e não pude mais resistir a esse modo de vida. Então cai e estou do jeito que você está vendo-
Neste momento um homem entra no quarto e interrompe o diálogo dos pacientes. Em sua mão trazia um Livro. E disse a seus clientes que logo sairiam dali restaurados e prontos para cumprirem o propósito de suas existências, pois seriam tratados conforme as prescrições contidas no Livro. O Homem então, diz ao Tijolo e a Esponja de Aço, o seguinte: "Mais importante do que os concertos e reparos que sofremos na vida, é a consciência que precisamos ter, de que possuimos um Propósito que justifica a razão da nossa existência. Mas ao saírem daqui, vocês precisarão levar uma cópia destas prescrições, pois ela também nos ensina duas coisas importantes que definirão, para vocês, um novo destino e um novo futuro. O Livro diz que para todo propósito há Tempo e Modo. Isto significa que quem quiser atingir o real Modo de vida para o qual foi criado, não pode desrespeitar o Tempo que lhe foi dado. Ou seja quem não aproveita o Tempo do concerto nunca terá um modelo de vida feliz. Tudo isso transtorna o curso da vida pois o que não atende ao seu propósito jamais frutificará e aquilo que não frutifica é sentenciado a morte. É assim que o livro diz". Intrigados, o Tijolo e a Esponja, perguntam ao Homem: "Mas,que Livro é este?" Ao que respondeu o Homem: "A Bíblia".

Termino esta parábola com a seguinte reflexão: Creio que não nasci para morrer de "pé de cama" nem para viver desequilibrado em cima de uma "antena", enferrujando enquanto o tempo passa. Eu creio que nasci para cumprir um propósito específico e colaborador com a trajetória da existência humana. Eu creio em cada uma daquelas prescrições contidas no Livro como regra para o cumprimento do meu propósito. Eu creio e você?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim

domingo, 30 de outubro de 2011

A GERAÇÃO DE ELIAS

E Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; mas se Baal, segui-o. O povo, porém, não lhe respondeu nada”.IRs 18.21

Que o fim dos tempos é chegado, não se pode duvidar, os sinais da apostasia e o aumento da iniqüidade conforme preconiza a Bíblia é um fato notório que está se cumprindo bem em nossos dias. O que me chama a atenção, no entanto, é como os dias que estamos vivendo se assemelham aos dias de Elias, o profeta “perturbador” de Israel. A frieza com relação aos princípios morais que dão vazão a influência de Jezabel dentro e fora da igreja; a falta de compromisso e o desleixo espiritual que promovem altares que clamam por concerto; um povo sem decisão e sem identidade a ponto de receber um confronto profético e não esboçar nenhuma reação. Elias confronta o povo para que se decidisse entre Deus e Baal e ,diz a Bíblia que o povo não respondeu nada. Isto é sintoma de indecisão e Deus não trata com indecisos ,pois o confronto do profeta no Monte Carmelo teve como ponto principal a necessidade de um posicionamento que por sua vez tinha por objetivo a formação de uma identidade. Israel estava sem identidade, sua vida espiritual estava endemoninhada pelo paganismo de sua religiosidade divorciada de Deus. Semelhança gritante com os nossos dias onde todos estes sintomas acima citados estão refletidos na conduta de muitos, dentro da igreja fazendo com que nos tornemos a cada dia, num povo sem identidade definida. Precisamos de Elias, sim de Elias que através do confronto, leve a igreja a uma decisão definitiva de quem pretende ser, e a quem deseja seguir. Profetas que exortem seu povo a “não coxear entre dois pensamentos” e que o leve a compreender que a glória do alto não virá se antes o altar não for restaurado aqui em baixo. Profetas, Elias, que nos façam ver que aquilo que desce precisa ser resultado da aceitação daquilo que subiu, pois se esperamos muita coisa aqui na terra, também há muita coisa aguardando por nós lá no céu. Precisamos de profetas formadores de opinião que nos ensinem que a presença de Jezabel não é fator determinante para que não saibamos quem somos.Vivemos num tempo de prostituição de valores onde já não se faz mais diferença entre o santo e o profano, músicos que ministram na igreja quando eles mesmos não são igreja, líderes omissos que permitem a permanência do casamento entre Acabe e Jezabel dentro da igreja gerando duas filhas malignas que são a Negligência Moral e a Prostituição Religiosa. Acabe, marido de Jezabel, era a personificação da Negligência, sua liderança era frouxa e apesar de ser o rei era sua mulher quem comandava. Assim como em nossos dias, onde o gênero masculino não é mais um referencial de liderança pois são da geração de Acabe. Jezabel, esposa de Acabe, era a personificação da Prostituição. Prostituir-se significa “baixar o preço” e a semelhança do nosso tempo, está difícil encontrar que queira “pagar o preço”. Todavia, creio que temos hoje, muito mais do que sete mil que não se dobraram a Baal, creio que apesar de tudo isso, que Deus não fica sem representação profética na terra e que nos últimos dias haverá um grande derramar do Espírito a ponto de vermos a restauração do oficio profético através de nossos filhos e filhas (At 2.17). Creio que o chamamento para aumentarmos o numero dos sete mil ainda está vigorando e eu quero me alistar e você?

Graça e Paz!

Marcos Joaquim

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A FACE DA NOIVA

"Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar.

E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia; mas o entendimento lhes ficou endurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho pacto, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele abolido; sim, até o dia de hoje, sempre que Moisés é lido, um véu está posto sobre o coração deles.

Contudo, convertendo-se um deles ao Senhor, é-lhe tirado o véu.

Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade.Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” II CO 3.13-1


Já celebrei vários casamentos e para mim, tal tarefa é por demais prazerosa, pois não enxergo a celebração de um casamento como um simples ofício sacerdotal. Para mim é mais do que isso; é um simbolismo profético da junção de Jesus com a sua noiva, a igreja. Representa o dia mais aguardado por todos aqueles que não foram chamados para pertencerem a uma igreja mas para serem a própria igreja. Dentre as lembranças que trago destes casamentos que já celebrei, há duas cenas fascinantes e que sempre me chamaram a atenção: a primeira é quando o pai da noiva entrega a filha nas mãos do noivo. Isso me faz lembrar que ninguém pode ir a Jesus, ou seja, tornar-se sua noiva, se pelo Pai não for concedido (Jo 6.65). Verdadeiramente o casamento é uma profecia não é em vão que muitos estão sendo destruídos e outros, negligenciados. A segunda cena é quando a noiva, não todas, aproxima-se do altar, onde o noivo a aguarda, e com o rosto coberto por um véu, permite que seu futuro esposo o retire a fim de que ele e os demais possam observar sua face. Creio que não há controvérsia na afirmação de que mais importante do que a beleza do vestido da noiva é o aspecto de sua face, pois as vestes da igreja, a noiva de Cristo, apontam para suas obras, para os fatores externos,( Ap 19.7,8), mas a face da noiva aponta para os aspectos internos, aquilo que aconteceu no interior e que resulta no aspecto de sua própria face, fazendo com que o noivo e os convidados se agradem do que estão vendo. Se até este momento estamos de acordo em cada argumento apresentado, então posso crer que há em você o mesmo incômodo que perturba meu coração quando olho para a face daqueles que se dizem igreja mas cujo o aspecto da face não expressa quem ela é. Entendo que a face da noiva de Cristo aponta para três fatores: Identidade, Sentimentos e Veredito, sendo assim me espanto nas conversas que tenho com alguns que na verdade estão na igreja mas que não são igreja porque não possuem identidade. Quem eram ontem, não o são mais hoje. Aquilo que dantes criam como absoluto, tornou-se relativo e questionável. São “noivas” decepcionadas e frustradas, cujo os sentimentos feridos embaçou o brilho da sua face que outrora era tão abundante. Noiva que em sua face denuncia o veredito que construiu sobre momento do tempo de apostasias que estamos vivendo. A conversa desta “noiva” é sempre sobre os últimos escândalos ou sobre as decepções que sofreram e que a fizeram mudar de arraial vária vezes na busca desenfreada por um lugar onde possa repousar e se der, servir. Assim sendo esta” noiva”, não é mais igreja, mas anda a procura de uma igreja, quando na verdade deveria ir para o altar,onde o Noivo a aguarda e de onde nunca se ausentou. Há muito tempo que rompi meu relacionamento com este tipo de “igreja”, e me recuso a alimentar minha alma e a daqueles que pastoreio com o lixo tóxico das lamentações sem atitudes. Creio que a verdadeira Noiva continua viva e atuante pois o seu Esposo jamais se tornará viúvo. Creio na igreja sem véu, com o rosto resplandecente e que agrada tanto ao Noivo quanto aos demais convidados a serem partícipes das bodas. Creio numa Igreja cujo o véu foi removido por causa da conversão ao Noivo, a saber, Cristo(IICo 3.16) . Em fim, creio numa Igreja que como qualquer noiva cuidadosa torna-se mais bela a medida que vai se aproximando o momento do casamento(Fp 1.6). E que por mais que pareça demorado, ela tem a certeza de que seu Esposo já a aguarda no altar e de lá não sairá até que ela chegue. Creio na Noiva que tem alguém que sempre retoca sua maquiagem para prepará-la para o grande momento. Creio que o Espírito Santo é este agente que nos embeleza, que nos retoca, nos toca outra vez. Você crê? Graça e Paz!

Marcos Joaquim

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Extra, Extra! Mataram o Herói dos nossos Filhos, e o Assassino é a própria vítima

Se eu fosse o Redator Chefe de um jornal de circulação mundial, mandaria colocar esta matéria em sua primeira página. Heróis sempre estiveram presentes no imaginário infantil. Toda criança trás dentro de si, desde o seu nascimento, uma admiração por seres com super poderes; homens fortes e sempre prontos para atenderem a qualquer repentino grito de socorro; homens que apesar dos esporádicos desaparecimentos, se fazem presentes nos momentos mais necessários. Fomos assim um dia, e com a geração dos nossos filhos não é diferente, pois eles continuam nesta necessidade da alma de se ter por perto, alguém que seja uma referência na arte de proteger e que injete em suas mentes, um ardente desejo de imitá-lo em seu dia a dia. Porem estes heróis desaparecem com o desligar da televisão ou o fechar dos gibis, mas o desejo e a necessidade real de sua presença permanece. Então o que fazer já que estas realidades e necessidades insistem e nossos filhos procuram pelo herói que desapareceu? A alma deles então, busca seu herói, no cotidiano, no real, dentro de casa. Assim sendo, avista no Pai, a figura que mais se assemelha àquele que,dentro de casa, é quem tem as prerrogativas de atender o pedido de socorro de sua família, e que, esporadicamente, precisa se ausentar por causa de seu trabalho; mas logo reaparece para se fazer necessário e agradável em seu maior campo de ação, a sua casa. Este filho vê no Pai o Herói a ser imitado, quando possível, no seu dia a dia e sabem que eles não desaparecem com o desligar da televisão mas que se tornam invisíveis e inúteis se ela permanecer ligada diante de seu Herói. Maldita televisão, Criptonita que assassina o Pai Herói, pois o paralisa fazendo-o pensar que o conteúdo dela é mais importante que o diálogo com o seu filho. Então, o filho frustrado descobre que um simples tempo de trabalho isolado sem lazer com a família é capaz de assassinar seu herói e que a Indiferença ao abraço, a escassez de um beijo a pobreza na atenção, são armas esmagadoras de uma das maiores virtudes de seu Herói: O Relacionamento. Sem esta virtude seu Herói vai desaparecendo aos poucos e dando visibilidade a um Herói derrotado que só serve para alimentar a frustração e a decepção deste filho que clama por um Herói que foi vítima do seu próprio assassinato. Fantasias? Utopias? Devaneios insanos de uma criança que não compreende as coisas sérias e verdadeiras de um adulto? Não! Mil vezes não. É apenas uma real necessidade da alma que desde criança clama por atenção, proteção, afeto e presença. Fatores estes que servem como antídoto e escudo de proteção à família que necessita de homens que sejam pais e de pais que sejam Herói. Herói que não é apenas admirado por sei filho, mas também seguido por ele. Assim sendo, não admirarão aos exemplos televisivos mais do que os de dentro de casa. Não seguirá a conduta copiada do exemplo gerado fora de seu lar, pois seu Pai é seu Herói e seu Pastor que o conduz a pastos verdejantes. Não sou Redator Chefe de nenhum jornal de circulação mundial, e nem seria preciso porque este blog já é suficiente para colocar esta matéria em circulação. Mas ainda que ele não existisse há um livro de circulação mundial cuja as velhas notícias são as mais atuais do universo. E nele temos as armas necessárias para nos tornarmos os Heróis que a família precisa a fim de que nossa casa não seja invadida pelos alienígenas da corrupção, da imoralidade, da prostituição e do desafeto. A Bíblia Sagrada é este livro, que nos ensina a não sermos pais biológicos de filhos órfãos na arte dos relacionamentos. Você crê?

Graça e Paz

Marcos Joaquim

terça-feira, 27 de setembro de 2011

VOCÊ É UM LEÃO

“NÃO HAVERÁ MUDANÇA DE COMPORTAMENTO SE NÃO HOUVER MUDANÇA DE MENTALIDADE”

Marcos Joaquim

“Dos gaditas se passaram para Davi, ao lugar forte no deserto, homens valentes adestrados para a guerra, que sabiam manejar escudo e lança; seus rostos eram como rostos de leões, e eles eram tão ligeiros como corças sobre os montes”. I Cr 12.8

Neste último domingo,a Igreja Batista Shalom em Rio das Ostras,foi mais uma vez despertada e desafiada a alcançar novos níveis de relacionamento com Deus e a qualificar seu modo de vida. E no tocante a esta última questão, o texto acima transcrito, nos serviu de base para tudo o que foi dito, naquela noite inesquecível. Aprendemos que tudo o que se refere ao Reino de Davi, no Antigo Testamento, está direto ou indiretamente ligado ao Reino de Jesus, que se manifestou no Novo Testamento e que se estende até nossos dias( Mt 4.17). Assim sendo, entendemos que todas as pessoas que a Davi se ajuntaram a fim de que seu reino fosse estabelecido, eram representações proféticas daqueles que posteriormente fariam parte do Reino de Cristo. Você é um desses? Perceba que todas aquelas pessoas que se ajuntavam a Davi traziam consigo uma característica que lhes dava destaque e em I Cr 12. 8, destaca-se a dos gaditas, homens cujo o aspecto dos rostos, era semelhante ao de leões.

Este foi o maior objetivo daquela noite, a de gerar na igreja uma “agressividade leonina” onde cada ouvinte viesse a se tornar um leão na captura de tudo aquilo que tem sido alvo das hienas da corrupção, da imoralidade, da prostituição e de toda sorte ataques e afrontas contra o nossos ninhos, nossos lares. Minha expectativa repousa na esperança em que Deus levantará nestes últimos dias, verdadeiros Leões que através de seu rugido, representado por sua voz, seu clamor e seu inconformismo, se despertem e se levantem no meio de uma geração de “gatos adormecidos” a fim de se posicionem segundo os três princípios da mensagem daquela noite.

Leões estabelecem Territórios

Nossa famílias, nossos filhos, nossas esposas, estão carentes de leões dentro de casa. Qualquer predador sabe que o maior perigo está do lado dele ao entrar no território do leão. Em nosso tempo, somos nós quem temos corrido risco de sobrevivência familiar, pois nossos lares estão sendo invadidos pelos predadores sociais, que por sua vez devoram a comunhão, o diálogo e o verdadeiro conceito de família. Até no chamado meio evangélico, já há quem questione a legitimidade do casamento como instituição divina e sua real necessidade. Os predadores invadiram de tal modo que até em debates de rádio é possível assistirmos conceitos filosóficos acerca da família que denunciam a urgente necessidade de rugirmos diante desta invasão conceitual humanista. Reflita nisto e estabeleça sua casa como território do leão, ruja, lute proteja sua família. Seja um gadita do Rei.

Leões são respeitados pela Atitude

O segundo princípio desta pregação foi para despertar a igreja, e agora você que está lendo esta postagem, que leões são líderes por natureza e a primeira e maior prerrogativa de um líder está em sua capacidade em tomar decisões em momentos estratégicos. Sim, nossas famílias precisam de líderes com aspecto de leão. Maridos que liderem sua casa, mulheres que governem seus filhos e filhos cuja as Atitudes sejam reflexos das Atitudes copiadas de um lar de respeito. Os leões impõem respeito só pela presença, a postura que assumem, seu olhar e seu rugido são percebidos por todos como Atitudes de respeito. O desrespeito de maridos por suas esposas, a desvalorização das esposas por seus esposos e a desobediência dos filhos aos pais, nada mais são do que o resultado da ação dos predadores da selva da vida. A presença de um pai já não exige da parte de ninguém uma atitude de respeito, assim sendo, xingar um palavrão perto de uma pessoa mais velha ou ignorar sua presença que permanece de pé enquanto o mais novo está sentado, é uma coisas absolutamente comum dentro da selva da nossa existência.

Mas minha ótica é profética e minha esperança é respaldada pela Palavra. Creio em avivamento, creio numa geração de leões despertados que acreditam que ainda é possível ver gente que não queiram xingar porque estamos presentes, que não queiram contar piadas obscenas porque os leões estão presentes e é preciso respeitar seu território. Creio numa geração de filhos que pedem a benção aos pais, ao saírem e ao entrarem, porque os leões estão presente (Fp 2.15). Medite nisto e restaure marido, sua figura de respeito dentro de casa, através do você fala, restaure o respeito devido, a sua esposa, tal qual leoa do lar que deve ser respeitada por seus filhotes.Trabalhe a mentalidade de seus filhos para que se comportem nesta geração como filhos de leão e portanto,temidos pelas hienas e não vistos como possibilidades de serem devorados por elas.

Leões Influenciam seu habitat Natural

O terceiro e último princípio naquela noite foi uma exortação a sermos a geração da virada. O tempo que temos vivido é o tempo da inversão de valores. Toda mudança comportamental é resultado de influência e neste processo, vence o mais influente. Basta olhar para o modelo de família que temos hoje e facilmente se entende o que estou querendo dizer. Pergunte-se: A família está influenciando a sociedade ou a sociedade é que está influenciando a família? É fácil a resposta. Em certa igreja onde estava ministrando um seminário de Cura Interior,o pastor local me confidenciou que uma de suas ovelhas, adolescente, engravidou após ter copiado a atitude de uma adolescente de uma novela que decidiu que ter relações com seu namorado. Influenciada por este personagem, a jovem seguiu a mesma vereda, só que na vida real, o resultado foi mais uma mãe precoce de um filho sem pai definido.

Pais leões influenciam pelo rugido e alteram o ambiente pela presença. Eles não deixam sua casa a mercê das hienas televisivas, nem de qualquer predador que furtivamente se escondem por detrás das moitas densas da internet, devorando a mente de nossos filhos.

A segunda maior prioridade de um líder é a Influência, portanto considere, isso e decida quem influenciará seu habitat natural, mas primeiro decida que ele será influenciado por você. Decida ser gadita, decida ser leão, defina seu habitat natural,através das Demarcações de novos territórios, da Atitude de Respeito e da Influência do Ambiente. Este, por sua vez, poderá tornar-se em um Habitat Sobrenatural, ou seja, um ambiente que sobrepuje as mazelas da nossa própria natureza e seja conforme a natureza do Leão da Tribo de Judá (Ap 5.5). Você crê?

Graça e Paz!

Marcos Joaquim

“A ATITUDE É A SEMENTE DA REALIZAÇÃO”

Marcos Joaquim

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

QUANDO A ALMA ENVELHECE

“Quando Isaque já estava velho, e se lhe enfraqueciam os olhos, de maneira que não podia ver..” Gn 27.1

Há muito tempo ministro esta mensagem em congressos para famílias e encontros de casais. Sua ênfase é sobre o envelhecimento da alma e suas conseqüências. Você ainda terá a oportunidade de assisti-la em áudio e vídeo, apenas um trecho, mas o motivo de escrever, também parte dela, é pelo fato de relatar aqui nesta postagem, alguns argumentos que não constam no vídeo.É lógico que não está na íntegra, toda a mensagem, mas creio que o que você lerá e ouvirá , contribuirá para o crescimento do seu relacionamento familiar.
Esta ministração fala de quatro aspectos sócio/espirituais que invadem a família, quando a alma de seus componentes envelhece. São eles: A Perda da Visão de Valores, a Destruição da Expectativa de Futuro, Desejos Egoistas e o Agir perto do fim. O envelhecimento do patriarca Isaque envolve esses quatro aspectos que por sua vez apontam muito mais para uma disfunção comportamental do que um simples envelhecimento cronológico. Creio que a pergunta mais importante que precisamos fazer no decurso dos tempos, a medida com que os anos passam, é: no que estamos nos tornando? Com o passar dos anos, no que tem se tornado seu casamento? No que sua família tem se tornado? E quanto aos seus filhos, sua posteridade, no que tem se tornado? Ao envelhecer, Isaque Perde a Visão de Valores, pois não foi capaz de reconhecer o próprio filho. Percebeu sua voz de Jacó, mas não discerniu seu coração enganador.Quando envelhecemos na alma somos capazes de ouvirmos a voz da palavra mas somos incapazes de compreendermos a linguagem do coração. Reflita nisso.
Isaque revela o segundo fator quando mostra que sua expectativa de futuro estava destruída, dizendo:“...Eis que agora estou velho, e não sei o dia da minha morte; toma, pois, as tuas armas, a tua aljava e o teu arco; e sai ao campo, e apanha para mim alguma caça;”e faze-me um guisado saboroso, como eu gosto, e traze-mo, para que eu coma; a fim de que a minha alma te abençoe, antes que morra.” Não havia em Isaque um projeto de futuro mas sim a expressão de um desejo transitório do presente.Famílias sem futuros não possuem projetos no presente. Pense nisso.
O terceiro fator, ou os Desejos Egoísta revela-se na expressão: “faze-me um guisado saboroso, como eu gosto”. Família envelhecidas na alma são assim, estão ocupadas com interesses pessoais e “ai” daqueles que não fizerem as coisas do jeito que gostamos. Você já se aborreceu esta semana por que não fizeram seu guisado do jeito que você gosta? A satisfação dos nossos desejos egoístas pode ser o sepultamento da alegria dos outros. Anote isso.

O quarto e último fator é que quando envelhecemos na alma a deixamos para agir quando o fim está próximo. Isaque revela isto quando diz:” a fim de que a minha alma te abençoe, antes que morra.” Quantas vezes, dentro de casa deixamos para resolver as coisas ou sentarmos para uma conversa, somente depois que as feridas há muito se tornaram hóspedes da nossa alma. E quando vieram para ela trouxeram consigo toda uma bagagem de incontinência, intolerância e impaciência que inviabilizam qualquer diálogo familiar. Não deixe para agir perto do fim, chegue antes da morte, não deixe para ser uma benção apenas no fim de sua história. Considere isso.

Certa vez, numa conferência para família que fazia no sul da Bahia, uma irmã confidenciou-me que depois de tantos anos de evangelho descobriu que não tinha percebido tantas mazelas na família de Isaque. A confidência desta irmão, na verdade, é uma prova que as guerras mais silenciosas que travamos, estão dentro de casa, onde ninguém vê, ninguém percebe, a não ser aqueles que vivem dentro dela. Há neste exato momento muitas famílias que estão envelhecendo e casamentos que estão se deteriorando com o passar do tempo e a semelhança da família de Isaque estão gradativamente tornando-se cegas quanto aos valores, destruídas na expectativa de futuro, cheias de desejos pessoais e egoístas e deixando para agir dentro de seu próprio tempo e não de acordo com um despertamento de Deus. Me permita ousar e sendo assim crer que esta postagem é um despertamento divino para que sua casa não envelheça e seu casamento não se curve pelo peso do tempo e a força das circunstâncias adversas. Mas pelo contrário, que a sua casa seja rejuvenescida e não envelhecida e partidária como a casa do velho Isaque. Você crê?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim

sábado, 3 de setembro de 2011

FOLHAS AO VENTO E AS LIÇÕES DO PAI

“Olhai para ele, e sede iluminados; e os vossos rostos jamais serão confundidos.” Sl 34.5

O comportamento dos meus dois filhos, Lucas e Matheus, são grandes referenciais e sinalizações de como me relaciono com Deus, na condição de filho. Seus dilemas, seus conflitos, seus desafios, me revelam muito do meu comportamento com relação a Deus. Creio que uma das grandes razões pelas quais Deus decidiu que eles seriam meus filhos, foi a de me mostrar como me comporto diante de meus desafios, conflitos e dilemas . É interessante como me encontro no comportamento deles e recebo do Pai, lições que me habilitam a cumprir sua vontade.Numa certa manhã em que a minha família estava envolvida na costumeira tarefa caseira para pôr a casa em ordem, Rani, minha esposa, cuidava de uma parte, Lucas, meu primogênito, de outra e coube a mim e ao Matheus,meu filho caçula, a organização do quintal. Matheus estava contrariado com a tarefa que havia sido designada a ele, pois enquanto varria, seu trabalho era interrompido bruscamente pelo vento que espalhava todas as folhas já varrida. Irritado, esbravejou dizendo que sua tarefa seria impossível de ser concluída devido a força do vento, devido a força da circunstância. Percebi que quando ele mudava de um lugar para o outro, era preciso retornar de onde saiu para começar tudo outra vez. Oh pai”, dizia ele, Vou parar”. ”Termine seu serviço”. Dizia eu. Como pai, jamais daria aos meus filhos metas que fossem inatingíveis ou desafios inconquistáveis. Sendo assim, cada desafio ou ordem que a eles dou, são exatamente do tamanho de sua capacidade. Então, em vez de insistir que me obedecesse, fiz com que Matheus parasse o que estava fazendo e olhasse para mim. Comecei a mostrar a ele que sua tarefa era possível de ser executada se tão somente observasse o pai enquanto o ensinava. Mostrei a ele que as folhas ao vento não eram páreo para sua capacidade e que sua atitude dali em diante deveriam ser de acordo com a visão dada pelo pai. Ah! como aprendi com Deus naquela manhã de fortes ventos. Aprendi que ao invés de reclamar dos ventos que espalham meus propósitos, devo mudar o foco de minha visão e saber que o que fez Pedro afundar, não foi a força dos ventos, mas sim o fato de ter atentado nele(Mt 14.30). Aprendi, enquanto ensinava, que quando digo para o Pai: “Vou parar”, Ele me diz: ”. Termine seu serviço, mas antes, olhe para mim e aprenda como se faz. Aprendi que se o machado estiver cego e não se lhe afiar o ferro, é preciso redobrar a força mas que a sabedoria que vêm do Pai, resolve tudo com bom êxito(Ec 10.10)Aprendi que todo desafio do Pai é do tamanho da capacidade do filho e que enquanto fico reclamando dos ventos contrários, sou obrigado a voltar para fazer as mesmas coisas que já fiz. Assim sendo, decidi que não serei paralisado pelo vento embora não possa detê-lo. Decidi que enquanto olhar para o Pai, jamais serei confundido. Você crê?

Graça e Paz!

Marcos Joaquim

sábado, 20 de agosto de 2011

VOCÊ É O MURO

Mostrou-me também assim: eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo, e tinha um prumo na mão.
Perguntou-me o Senhor: O que vês, Amós? Respondi: Um prumo. Então disse o Senhor : Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo de Israel; jamais passarei por ele”.AM 7.7,8

Certa noite, antes de pregar e após uma adoração ardente, conduzida por minha esposa Irani, chamei um irmão para ser co-participante daquilo que pregaria naquela noite, onde os céus da revelação foram abertos sobre a Igreja Batista Shalom. Ao chamá-lo, quis me utilizar de seu vasto conhecimento na área de construção civil. A cena foi engraçada, pois o irmão foi surpreendido e todo apreensivo achou que teria que pregar no meu lugar. Com os olhos arregalados e o coração palpitante ele se recusava a permanecer ali, perante a igreja que ria-se do seu medo enquanto eu pedia a ele que nos ensinasse um pouco da sua habilidade na área de construção. Seu coração só teve sossego quando eu disse a ele que pregaria e que ele apenas seria um instrutor acerca de três tipos de ferramentas usados em uma obra. A saber: O Esquadro, o Nível e o Prumo. Assentei-me para ouvi-lo e ele nos deu uma verdadeira aula sobre estas três importantes ferramentas. Segundo sua explicação,o Esquadro serve para corrigir as direções a fim de que ainda que o terreno esteja torto, a casa fique na posição certa. A menos,dizia ele,que o dono da casa queira que ela fique torta de acordo com o tipo de terreno. Quanto ao Nível, este serve para tratar daquele tipo de construção que subiu demais ou ficou abaixo do nível da expectativa do proprietário. Já o Prumo trabalha com a verticalidade. Serve para saber se a construção não está, digamos, “subindo para o lado e não para cima”
Quantas ilustrações em uma noite só. Tomei a palavra de volta,para alívio do irmão que não imaginava o quanto havia me ensinado e que este ensino serviria de base para o que a igreja ouviu naquela noite e que passo a compartilhar com você agora.
Somos a construção de Deus, uma obra em estado de aperfeiçoamento(Fp1.6). Nós somos o Muro a ser passado pelo Prumo Divino.

Como em toda obra, precisamos passar pelo Esquadro Divino para retomarmos direções que perdemos na trajetória. As vezes discutimos com o Construtor pois queremos que a obra seja feita de acordo com o modelo do terreno onde estamos. Preferimos nos adequar a ele a ficar no esquadro. Há pessoas tão fora do Esquadro Divino que os que estão de fora precisam se entortar se quiserem entendê-los. Passe por uma casa torta e veja se você não precisará ficar de lado para vê-la melhor. As vezes somos assim por estarmos fora do Esquadro Divino nossa conduta dentro do nosso terreno torto,faz com que aqueles que vivem conosco tenham que se encurvar ao estilo do terreno torto da nossa alma. Há também a fase da obra em que O Nível Divino entra em ação porque no percurso da obra subimos demais. Quantas vezes não percebemos que nos desentendimentos e discussões familiares, nos excedemos, subimos o tom de voz, berramos gritamos , pois afinal de contas o nosso terreno foi invadido. Nos tornamos arrogantes, altivos e no bom sentido do termo, é preciso “baixar o nível”(Mt 11.29). As vezes na mesma obra é preciso subir o nível, pois as circunstâncias do terreno onde estamos sendo construído desnivelam nossas
expectativas, baixam o nível do humor e fazem descer a alegria.Porém, naquela noite, eu disse a igreja que das três ferramentas da ilustração, a mais importante, na minha opinião era o Prumo. Foi ele que Deus usou para revelar ao profeta Amós o que estava pretendendo fazer com o seu povo. No texto que serviu de base para a pregação daquela noite e que é a mesma desta postagem, diz que o Senhor estava sobre um Muro tendo um Prumo na mão(Am 7.7 ARA). Ele disse ao profeta que passaria seu povo pelo Prumo Divino. O interessante é que o texto diz que este Muro já tinha sido construído a prumo(eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo). Isso significa que originalmente, o Muro foi feito perfeito mas que com o passar do tempo entortou-se. Nenhum construtor faz uma casa para dar errado. Ao passá-la pelo Prumo o faz não com o propósito principal de procurar defeito mas sim com o propósito de reconduzir sua obra ao cumprimento de sua expectativa. “
Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias .” (Ec 7.29 ARA).
Considerando que o Muro estava representando o povo de Deus entendemos que o propósito do Prumo Divino era a restauração da originalidade, a continuidade de uma expectativa interrompida. Quando Deus nos criou, de acordo com eclesiates, ele nos fez reto, mas nossas astúcias nos entortaram, nos fizeram perder a rota da verticalidade fazendo com que nos tornássemos horizontalizados, muito mais terrenos e carnais, do que celestiais e divinos. Creio que nestes dias que antecedem o fim de todas as coisas, Deus está chamando seus profetas e perguntando a eles:” O que vês?”
Pois o tipo de linguagem que temos, denuncia a qualidade da visão que possuímos. O que falamos de nossa vida, nosso cônjuge, nossas igrejas, revelam a visão que temos destas coisas. Acredito piamente na necessidade de uma visão profética dos muros da nossa própria existência a fim de que o Prumo Divino passe, não para juízo mas sim para dar continuidade ao Plano Original ,no qual fomos inseridos para sermos semelhantes à Deus e não torcidos como o diabo(Gn1.26; 3.14). Acredito ainda, que assim como todo prumo, o Prumo Divino é o padrão estabelecido por Deus a fim de que entendamos que para cada exigência dele há um modelo a ser seguido, um padrão para que possamos nos referendar. Me encontro alarmado com o padrão moral, social e espiritual que tenho visto. O padrão da família então, está gritantemente necessitado de padrão, de prumo.Maridos que precisam de prumo, mulheres e filhos totalmente desaprumados. Porém minha perplexidade não me paralisa pois acredito que Deus ainda têm seus “Amós”. Acredito em uma igreja reaprumada, acredito em famílias e casamentos realinhados pelo Prumo Divino, acredito que Deus ainda fala com, e por intermédio de seus profetas. Basta que tenham visão.Acredito que estes “Amós”dos últimos tempos, trabalham a fim de que aquilo que se entortou, volte a ser aprumado. Acredito que eles ainda dizem a esta sociedade que não anda direito: ”... Apruma-te direito sobre os pés”(At 14.10 ARA). Você crê?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim


segunda-feira, 25 de julho de 2011

POR QUE NOSSOS PROJETOS FALHAM

Neste domingo, dia 24 de julho de 2011, tivemos mais um culto de celebração na Igreja Batista Shalom.O titulo da palavra pregada pelo pastor Marcos Joaquim baseado em João 21.1-6 foi,POR QUE NOSSOS PROJETOS FALHAM ? A igreja aprendeu que em nossa trajetória de vida não podem faltar quatro princípios fundamentais para o êxito dos nossos projetos. São estes : O Principio da Insubstituível Presença de Deus,O Principio da Infalível Direção de Deus, o Principio da Inquestionável Ordem de Deus.
Como destaque da palavra pregada,a igreja recebeu os seguintes ensinamentos: Por que nossos projetos falham?Porque as vezes não seguimos os degraus que nos ajudam a conquistar nossos planos,que são : O degrau da perseverança,o degrau da vontade de Deus e o degrau da promessa.
Mais uma vez a igreja foi desafiada a tomar atitudes a fim de que vejamos o natural se transformar em sobrenatural .Portanto vamos ficar firmes no terceiro degrau que é o degrau da promessa. Não sabemos o dia e nem a hora que vai se cumprir mas se ele falou vai acontecer. Tão somente subamos os dois primeiros degraus.
Você crê ?
Graça e Paz.
Matheus Joaquim

quarta-feira, 20 de julho de 2011

CELEBRAÇÃO NO ANO DA ATITUDE

Neste dia 17 de julho de 2011 na igreja Batista Shalom o Pr.Marcos Joaquim e sua esposa Irani festejaram 24 anos de casamento, foi um domingo de muita celebração por esse tempo na vida do casal em um culto com uma pregação objetiva sobre atitude cujo tema da mensagem foi: Tente outra vez, mensagem baseada na passagem bíblica de LC 5.5 pregada pelo pastor Marcos Joaquim, com frases marcantes para toda a vida tais como:
É preciso voltar ao local de onde saímos como prisioneiros da frustração, como portadores de uma indignação, pois só os indignados mudam contextos”; “Jesus, antes de dar a ordem que desafiaria os discípulos a tentarem outra vez, formou a mentalidade deles através do ensino,pois a ignorância ou o conhecimento insuficiente são fatores que nos reprovam na escola da vida”. “Só quem possui uma mentalidade transformada pela Palavra daquele que entrou em nosso barco, como Jesus entrou no de Pedro, será capaz de tentar outra vez, pois toda atitude nasce de um decreto da mente. “
À Igreja Batista Shalom, Em Rio das Ostras, foi dito pelo Pr.Marcos Joaquim, “A vida se refere à existência, tempo de existência e modo de existência “esse foi um trecho dito na mensagem Tente Outra vez, neste domingo marcante, tempo em que a igreja em Rio das Ostras celebra o Ano da Atitude, ensinando e contagiando todo o seu povo com a Palavra e com a vibração dos discípulos desta igreja em um dia marcante no ministério Missão Proclamar e em toda a Igreja Batista Shalom.
Este domingo festivo de aniversário de casamento do casal e de um culto com uma palavra especial culminou com o aniversário do Pr.Marcos Joaquim, (o ano do jubileu) comemorado no dia 5 deste mês. Com tudo isso, cremos como igreja,que será iniciada uma nova etapa ministerial com descobertas e novas revelações. Você crê?
Lucas Joaquim

domingo, 8 de maio de 2011

MUDANÇA DE FOCO

Graça e Paz amados,


Quero pedir a você a honra de ler um trecho do meu livro Mudança de Foco que será, se Deus quiser, lançado agora em Maio. O propósito precípuo desta obra literária é dar extensão ao ministério que Deus me comissionou, isto é, despertar, construir e reconstruir vidas através da palavra escrita e proclamada. Boa leitura e que Deus te use para juntos que, juntos, possamos estabelecer na terra,o modelo de vida dos céus.
Oro sinceramente, para que nestes últimos tempos que antecedem o fim de todas as coisas, Deus levante uma geração de intérpretes de sua vontade, isto é, de gente que seja portadora e transmissora de uma Palavra Profética. Que essa gente não se ocupe em apenas preconizar um futuro triunfalista, mas que nos ensine um bom caminho no presente. Oro ainda, para que esta mesma geração de líderes, pais e etc, tenham Visão Manifesta e jamais percam o verdadeiro sentido da vida e a razão nobre da nossa existência. Uma geração de gente que se relacione com Deus por aquilo que é e não somente por aquilo que faz. Que os púlpitos das igrejas sejam plataformas de transformações de alma e não de um mero estado social. Que se encham os altares de gente ocupada em dar pessoas o que precisam e não o que lhes interessam. Mais profetas, mais visionários.
A solicitude do meu coração mistura-se com o temor de que a próxima geração seja vítima de nossa pobreza profética e visionária, a semelhança do que aconteceu no tempo de Samuel que foi o último juiz do povo de Israel. O tempo dos Juízes foi o período de maior corrupção moral, social e espiritual deste povo. Faltava neste tempo uma liderança contextualizada, razão pela qual por quatro vezes o livro de Juízes utiliza a seguinte expressão.
“Naqueles dias não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos”(Jz 17.6; 18.1; 19.1;21.25)
Temo que a geração de nossos filhos seja vítima de um esvaziamento espiritual que abre espaço para espíritos religiosos tão ascendentes em nossos tempos.
Quando há ausência de uma Palavra Revelada e uma Visão Manifesta com verdadeira ação profética não se pode perpetuar a ação transformadora de Deus. Observe o que a Bíblia diz sobre a geração posterior a que saiu do Egito. Veja como a corrupção moral, social e espiritual quando não confrontada por uma geração profética e visionária destrói o futuro da família.
"E foi congregada toda aquela geração a seus pais(morreram), e outra geração após eles se levantou(nasceram), que não conhecia o Senhor, nem tampouco a obra que fizera a Israel.” (Jz 2.10)


Triste relato sobre uma geração sem nenhum conhecimento de Deus embora seus antecessores o tenham conhecido. Que o Senhor nos livre disso e seja este tempo, um tempo de Palavra Revelada e de Visão Manifesta.
Em função da ausência da Visão Manifesta, e conseqüentemente, a presença da Cegueira Gradativa, o povo de Israel estabeleceu famílias mistas. Essa mistura foi além de laços consangüíneos pois envolveu valores e princípios que resultou em filhos com uma linguagem diferente.


"Vi também, naqueles dias, judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. E seus filhos falavam meio asdodita e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo.” (Ne 13.23,24)


Famílias sem valores e princípios geram filhos com linguagem diferente. Filhos que foram gerados no Lugar de Costume e não no Lugar de Deus. Conceda-nos Deus, sermos uma geração como Rúben, que precavendo o futuro de seus filhos construiu um altar que serviria de memorial para a geração vindoura. Vivendo distante de onde ficava o lugar de culto, Rúben resolveu fazer um altar semelhante ao do Tabernáculo, um altar de grande aparência. Rúben preocupou-se com a futura geração e quando questionado sobre o porque do altar ele respondeu:
“... para que entre nós e vós e entre as nossas gerações depois de nós, nos seja em testemunho...” (Js 22.27)


Deus falou com Samuel antes que a lâmpada do templo se apagasse (I Sm 3.3), antes que a possibilidade de enxergar se extinguisse. De semelhante modo, Ele quer falar com você dentro de um tempo oportuno, de acordo com sua própria capacidade em mudar, pois você é capaz, saia do Lugar de Costume.”
Você crê?
Graça e Paz
Marcos Joaquim