TRADUTOR

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A FORMAÇÃO DE UMA POSTERIDADE

E a sua posteridade será conhecida entre as nações, e os seus descendentes no meio dos povos; todos quantos os virem os reconhecerão como descendência bendita do Senhor.Is 61.9

Este domingo, 18 de Dezembro foi um dia especial dentro difícil ano de 2011. Tive a honra de batizar cinco novos discípulos, na parte da tarde e a noite apresentei ao Senhor, duas belíssimas crianças, num ato profético e sacerdotal, diante da igreja e do altar. Esses dois fatos embasaram a mensagem pregada neste dia especial pois ao olhar para estas sete pessoas, cinco no batismo e duas na consagração, eu não as via apenas como uma obrigação ministerial a ser cumprida mas via nelas o cumprimento de uma vontade e de um planejamento divino. Aqueles cinco discípulos, cada um deles com suas características personalidades e sonhos eram mais do que batizandos, eram uma expectativa de Deus a fim de formarem uma posteridade que o honre na terra. Aquelas duas crianças me deram o prazer de ser participantes do início de suas histórias e ao suspendê-las diante do altar estava levantando mais do que um menino e uma menina, mas sim duas posteridades que diante dos pais continuavam suas próprias trajetórias. Isso significa que cada ser humano nascido não é um acidente de percurso ainda que sua gravidez tenha sido indesejada, ainda que sua gestação tenha sido inesperada. Nada pega a Deus de surpresa. Sim, verdadeiramente, não somos um acidente de percurso, nem se quer um mero resultado de uma colisão entre um espermatozoide e um óvulo. Somos resultado de uma intenção divina. Por isso Deus se reporta a Israel, a seu povo, dizendo que seus filhos seriam conhecido entre as nações e seus descendentes no meio dos povos, pois cada ser humano é a continuidade de uma história e, em Deus, capaz de aperfeiçoá-la.(Fp1.6). Acredito no evangelho, não apenas como regra de fé e prática mas também, como um instrumento lapidador de uma geração e que através do caráter de Cristo impregnado na vida dos que não apenas crêem mas estão Nele, formam uma posteridade de homens e mulheres saudáveis sobre a terra. Acredito deste jeito que ao pregar o evangelho não estou meramente trabalhando para encher uma igreja local, mas para ser co participante no trabalho de Deus em formar uma nova geração que contraste com a atual .

O que de mais lindo entendo neste texto é que, ter a nossa posteridade conhecida entre as nações e nossa descendência no meio dos povos, não significa necessariamente que um dia eles terão que ir ou estarem lá. Mas que suas Atitudes, Ideias e Construções poderão atravessar fronteiras e a barreira do tempo. Um homem pode passar, mas suas Atitudes, Ideias e construções permanecem depois dele. E dependo da qualidade destas três coisas, este homem será amado ou odiado; desejado ou rejeitado. Quando estive na Alemanha percebi o esforço daquela nação para apagar a memória de Hitler, pois todo nome lembra uma atitude e o ao nome deste ditador, foi uma vergonha para a nação germânica e para o mundo. Portanto o contrário também é verdadeiro, ou seja, creio que nossa posteridade será conhecida por ideias férteis e atitudes construtivas. Creio que cada pai, na qualidade de sacerdote do lar,que se dá ao trabalho de impôr suas mãos sobre seus filhos; e com a autoridade que lhes foi conferida, abençoar seu futuro, colheram o fruto deste trabalho. Creio que cada pastor, na qualidade de profeta em sua igreja e nação que não objetiva apenas um sucesso passageiro e local mas um triunfo eterno e que ultrapasse as fronteiras de sua jurisdição e por causa desta visão, trabalha na formação de uma posteridade, será levado a sério pelo céu. Creio, por isso preguei e agora escrevo. Creio que a ideia de Deus não é que sejamos um simples e opaco ajuntamento de gente dentro de um mesmo espaço mas que sejamos vistos e reconhecidos como família bendita do Senhor. Você também crê?

Graça e Paz!

Marcos Joaquim

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PROMOTORES DA PRESENÇA DE DEUS PARTE III ARRUME A CASA

Então todo o povo se retirou, cada um para a sua casa; e Davi voltou para abençoar a sua casa. I CR 16.43

Chegamos na terceira e última parte do nosso estudo. Assim sendo, quero que jamais que nos esqueçamos de que Deus está nos convocando nestes últimos dias que antecedem a volta de Jesus, a nos tornarmos Resgatadores da Arca, Promotores de sua Presença. Vimos como o povo de Israel viveu sem a Presença por mais de vinte anos, o que contribuiu para que as novas gerações não aprendesse,m a lidar com a Arca, ou seja a se relacionarem com Deus. Davi cumpri então dois princípios necessários a quem quer se tornar Promotor da Presença de Deus, ele Prepara o Lugar e Copia o Modelo(vide partes 1 e 2) . Após três meses da estadia da Arca na casa de Obede Edom(I Cr 13.14), Davi a trouxe para a tenda que havia preparado de acordo com o modelo dado por Deus a Moisés, mas desta vez cumpre um último princípio de quem não se conforma em ver a Presença de Deus limitada a uma casa, pois os Promotores da Presença de Deus são assim. Eles são inconformados e entendem que a Presença de Deus deve ser manifesta a todos embora nem todos queiram promovê-la mas em vez de adoradores, são admiradores, aqueles que não trazem a Arca para dentro do Lugar preparado mas ficam do lado de fora admirando a bênção na casa dos "Obedes". Davi agora entende que é preciso dar mais uma passo para que a Presença de Deus não se limite a alguns nem tampouco a um momento passageiro do culto.
Arrume a Casa
Este é o terceiro princípio do Promotores da Presença. Arrumar a Casa está relacionado a quatro perguntas que uma vez respondidas irão nortear a saúde do nosso relacionamento com Deus: De onde viemos? Como viemos? Para onde iremos? e Como Iremos? Muito do fazemos é resultado de nossas origens; a maneira como agimos está relacionada a nossa casa. É isso que quero refletir com você na primeira e na segunda pergunta. Nosso futuro e a maneira como vamos chegar está relacionado ao ponto de partida. É este entendimento que quero provocar em você com a terceira e segunda pergunta. Atente para o fato de que a Arca partiu da casa dos filisteus e lá, provocou transtornos, pois quem com Deus não sabe se relacionar, vive transtornado. Arca então, passa pela casa de Abinadabe, que aparentemente, não educa seus filhos como se trata com Deus e seus princípios. Gerou morte. Agora, a origem da Arca era diferente. Agora ela estava vindo da casa de um homem que soube como lidar com Deus através de princípios, pois a Presença de Deus na casa exige um ambiente favorável a sua permanência.Assim sendo, digo que não quero me relacionar com Deus na reunião da igreja, no culto, e não saber lidar com as contrariedades dentro de casa. Não quero dançar do lado de fora e prantear do lado de dentro. Não quero. Davi ao voltar para casa encontra a contrariedade de quem não tinha sua visão. Mical, filha de Saul estava acostumada a manter as aparências, como havia aprendido na qualidade de princesinha do papai. Saul gostava de manter as aparências, até mesmo depois de deposto, procurou mantê-la(ISm 15.30). O que Davi estava vivendo em casa não correspondia ao que estava experimentando do lado de fora dela. Por isso temos tantos filhos desajustados, mesmo quando seus pais membros de uma igreja. Eles vêem um "dançarino da Arca"do lado de fora que ri, brinca e celebra no meio do povo, mas que no a sós com os seus, com a igreja doméstica, é um fracasso. Mas antes de voltar para casa, Davi se estabelece nas duas primeiras perguntas que fiz anteriormente: "De onde estou vindo e como estou?". Faça a você mesmo estas perguntas ao sair de um culto. Digo o porquê . A coisa mais resistente diante de qualquer conflito é o propósito. A Bíblia diz que o propósito de Davi era voltar para casa a fim de abençoá-la e não transtorná-la(ICr 16.43). No Reino de Deus nossas contribuições não resultados de condições, mas sim de um propósito(Cada um contribua segundo propôs no seu coração II Co 9.7). Isto significa que aquilo que precisamos fazer, não acontecerá como resultado de nossa própria capacidade mas sim como resultado do propósito que temos. Deus lhe dará condições de lidar com as contrariedades da sua casa quando seu propósito se tornar mas forte do que sua condição. Creio que você se tornará um Promotor da Presença de Deus em sua casa ainda que as condições não sejam favoráveis, pois Deus vê o propósito e não a circunstância. Creio que somos capazes de levarmos a nossa casa para o culto mas também de levarmos o culto para dentro de casa. Creio que posso continuar cultuando mesmo quando a bênção já tenha sido impetrada, creio que mesmo quando as luzes do templo se apagam a minha lâmpada possa ficar acesa. Creio que nosso culto não acaba na porta do templo, creio que ele pode atravessar as fronteiras da nossa casa, tornando nosso solo em território sagrado. Creio que os Promotores da Presença de Deus tem como maior clientela de seu trabalho, os de dentro de sua casa.Por isso, conserte a sua casa. Eu creio e você?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PROMOTORES DA PRESENÇA DE DEUS PARTE II COPIE O MODELO

Santificaram-se, pois, os sacerdotes e os levitas para fazerem subir a arca do Senhor Deus de Israel.

E os levitas trouxeram a arca de Deus sobre os seus ombros, pelos varais que nela havia, como Moisés tinha ordenado, conforme a palavra do Senhor.” I Cr 15.14,15

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Na primeira parte deste estudo, falamos da necessidade de Prepararmos o Lugar, para o resgate da Arca, para o retorno da Presença de Deus em nossos ajuntamentos. Aqui, vamos continuar nesta trajectória, a semelhança de Davi que após ter preparado o lugar para a Arca, lança mão do segundo princípio necessário para a Restauração da Presença e que faz parte da atitude de todo aquele que se voluntariou a se tornar um Promotor da Presença e não meramente um assistente de culto. Davi entendeu que somos capazes de oferecer a Deus um culto alegre, porém vazio de princípio (ICr13.8). Ele entendeu que é possível cultuarmos a Deus, indiferentes ao fato de que para Deus , mais importante do que aquilo que oferecemos, é como oferecemos, pois o interesse maior de Deus não é a oferta, mas sim o ofertante. Antes da morte de Uzá, em pleno culto animado, tanto o Pastor Davi, quanto a igreja que o acompanhava, importaram-se muito mais com a performance do que com o modo. Assim sendo, não importava o como e sim o que. A semelhança de nossos dias, onde o fazer tornou-se mais importante do que o ser, porque ignoramos que é a essência do ser que define a qualidade daquilo que fazemos. Ou seja, o que sou define o que faço, deste modo, se sou negligente, ignoro princípios, se sou indiferente, me importo com que você tem e não com quem você é. Por isso o Pastor Davi foi indiferente aos ombros levitas, já que possuía um carro novo. Afinal de contas, quem precisa de um músico consagrado se os instrumentos são de última geração? Porque exigir que eles se santifiquem, jejuem e cheguem, cedo, antes do culto começar, não para afinar os instrumentos, mas para Prepararem o Lugar em oração? Para que? Afinal de contas eles tocam tão bem! São tão habilidosos! Ah Pastor Davi! Esqueceu-se que Uzá e Aiô, apesar de serem filhos de sacerdote, filhos de Abinadabe, negligenciaram os vinte anos da presença da Arca em sua casa. Um pecou sendo irreverente tocando na Arca. O outro foi indiferente, por não se pronunciar pedindo ao rei que não os trocasse por carroças. Sem contar com a negligência do pai, que durante vinte anos não destilou na vida de seus dois filhos que mais importante do que sentir a presença de Deus é a maneira como nos relacionamos com ela. Ah como estamos vivendo coisas semelhantes em nossos dias, como vivemos em plenos dias de negligência sacerdotal e indiferença pastoral, onde não se percebe que Bíblia na mão não é o mesmo que a Palavra no coração, onde os pais, os"abinadabes" dos tempos modernos, não aproveitam a oportunidade que possuem para despertarem seus "Aiôs" e curá-los da indiferença. Para corrigirem seus "Uzás" a fim de livrá- los da morte por irreverência aos princípios( ISm 7.1,2;ICr 13.7) Tudo isso foi resultado da atitude de um povo que se acostumou a viver sem a Presença da Arca e assim sendo, enveredou-se por um estilo de vida e de culto diferente do aceitável por Deus, porque mais importante do que aquilo que oferecemos a Deus, é aquilo que Deus aceita. Com esta convicção o Pastor Davi observa o segundo princípio para que sejamos Promotores da Presença de Deus.
Copie o Modelo
Depois de Prepararmos o Lugar, precisamos entender que todo culto prestado a Deus precisa referendar-se num modelo. Isto significa que aquilo que a Deus ofertamos não pode ser resultado daquilo que entendemos ser o melhor ou mero resultado daquilo que pensamos ser o máximo de nossas possibilidades. Deus è quem tem o padrão de excelência. Davi deixou o modelo de Deus dado a Moisés, para estabelecer uma norma de conduta de acordo com o modelo filisteu de conduzir a Arca(Ex 25.9-14; ISm 6.8). Os filisteus carregaram a Arca em carros por não haver entre eles, levitas e onde não há pessoas devidamente separadas, as coisas, as carroças, assumem lugar de destaque. Temo que um dos maiores motivos de termos cultos tão distantes da Arca está na desobediência ao padrão de Deus,ao nosso estilo próprio e pessoal de ser. Acredito que nossa maneira particular de decidir o que vamos ofertar, levou a Arca embora. Muita gente não sabe, mas muito do comportamento moral e social que temos hoje, é resultado de modelos importados e copiados de fora e de muito tempo atrás. Assim sendo o que vestimos o que falamos e que abraçamos como estilo de vida está intimamente relacionado com uma norma padrão copiado de alguém. Fala-se muito, hoje em dia, de igrejas que estão "veterotestamentalizando" seus cultos, onde o shofar é tocado, festas judaicas resgatadas e deste jeito,essas igrejas, de acordo com os críticos, estão judaizando o cristianismo. No entanto muito destes críticos não se importam se suas ovelhas se trajam com as artistas de novela esbanjando sensualidade e nem se suas festas estao mais para Roma do que para Jerusalém; mais para "arraiá" junino do que para arraial do povo de Deus. Pois lá rola de tudo, desde qualquer tipo de música, até qualquer tipo de bebida. Uma espécie de igreja multicolorida, onde se faz um pouquinho de tudo para se agradar a todos. São da geração de Davi e Abinadabe antes da morte de Uzá em pleno culto. O importante é se alegrar, o resto não importa. Afinal de contas, que modelo de igreja é este? Alguém me ensina?
Abinadabe, não foi modelo para seus filhos, Davi não preservou o modelo mas a tempo o recuperou a fim de a Arca retorna-se. Promotores são assim, não são os atores principais mas trabalham a fim de que o evento aconteça e O Principal apareça. Creio num tempo de promotores da Presença de Deus, creio num tempo onde pais se tornarão modelos para seus filhos e estes digam ''quero ser como este homem''; Creio em uma igreja sedenta pela Arca, inconformada e que tenha em seu pastor, um modelo a ser copiado. Creio em uma igreja cuja a proposta de vida seja de tal forma excelente que esta sociedade carente de referenciais e cheia de modelos vazios, olhe para nós,a fim de que possam se levantar e andar(At 3.4).
Creio, por isso convoco você através desta postagem a se alistar neste exército de promotores da Presença de Deus e que seu modelo de vida seja de Jerusalém e não da Filistia, não de Roma não de Babilônia, não do mundo. Que esta geração de meninos e meninas que nunca viram a Arca, nunca sentiram e, muito menos, se relacionaram com a Presença de Deus, saiba que ela existe e que olhando para o nosso modelo de vida, não tenha nenhuma duvida disso. Em fim, creio numa geração de pastores e profetas, cujo o principal anelo ministerial, não seja o aumento quantitativo de seu rebanho e consequentemente de seus bens, mas sim de um ardente desejo de serem uma representação expressa de Jesus na terra, através do modelo de sua conduta(IJo 2.6). Creio que preciso também ser um desses.
Eu creio e você?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim

sábado, 3 de dezembro de 2011

PROMOTORES DA PRESENÇA DE DEUS PARTE I PREPARE O LUGAR

"Levaram a arca de Deus sobre um carro novo, tirando-a da casa de Abinadabe; e Uzá e Aiô guiavam o carro.
Davi e todo o Israel alegravam-se perante Deus com todas as suas forças, cantando e tocando harpas, alaúdes, tamboris, címbalos e trombetas.
Quando chegaram a eira de Quidom, Uzá estendeu a mão para segurar a arca, porque os bois tropeçavam.
Então se acendeu a ira do Senhor contra Uzá, e o Senhor o feriu por ter estendido a mão à arca; e ele morreu ali perante Deus.
E Davi se encheu de desgosto porque o Senhor havia irrompido contra Uzá; pelo que chamou aquele lugar Pérez-Uzá, como se chama até o dia de hoje."....
... "Então disse Davi: Ninguém deve levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o Senhor os elegeu para levarem a arca de Deus, e para o servirem para sempre..." Convocou, pois, Davi todo o Israel a Jerusalém, para fazer subir a arca do Senhor ao seu lugar, que lhe tinha preparado...

..."E os levitas trouxeram a arca de Deus sobre os seus ombros, pelos varais que nela havia, como Moisés tinha ordenado, conforme a palavra do Senhor." I Sm 13.7-11; 15.2,3,4,15

Pelo que temos substituído a Presença de Deus, quando nos reunimos para cultuá-lo? O que é mais importante do que sentir a Presença de Deus? Em tempos de tanto esvaziamento espiritual como este, como trazer de volta a Presença de Deus? Por que consideramos “culto abençoado”, apenas ao que acontece no domingo a noite e desaparece na segunda feira? Procuro nesta postagem, responder a estas perguntas que fervem dentro da minha própria alma. Os textos bíblicos acima nos dão uma ampla visão da importância da Presença de Deus e a nossa postura com relação a ela. A semelhança de nossos tempos, Israel passava por um período de esvaziamento espiritual por causa da ausência da Arca, símbolo da Presença do Eterno. Vinte anos e sete meses se passaram e isso foi o suficiente para que Israel, liderado por Davi perdesse o modelo certo de como devemos cultuar a Deus( I Sm 6.1; 7.2). Davi e a igreja que pastoreava acostumaram-se a cultuar sem a Presença de tal modo que substituíram pessoas por coisas, velhos sacerdotes por carros novos. Ah pastor Davi! Que feriu o princípio do modelo israelita dado por Moisés, para substituí-lo pelo modelo filisteu, de cultuar. O culto filisteu cultua com coisas, mas o culto de Israel é com gente. O culto filisteu é feito para que um problema seja resolvido, já o de Israel para celebrar o Eterno pelo fato Dele estar presente(6.7-12). O que mais me deixa estarrecido nisto tudo é que muitos moradores de Bete Semes, morreram por que olharam para dentro da Arca. O que, para mim, sinaliza que curiosidade desrespeitosa mata, pois aqueles homens não se aproximaram da Arca pela sublimidade da Presença de Deus, mas sim pelo interesse egoísta em descobrir o que ela continha, e que satisfizesse seus próprios desejos . Uma triste coincidência com os dias atuais, onde muitos estão “buscando” Deus por aquilo que ele tem e não por quem Ele é.Temo que a semelhança da geração de Davi, estejamos tentados a carregar a Presença em carros novos em vez de resgatá-la nos ombros da responsabilidade(I Cr 15.15). Uma geração que ficou vinte anos sem a Presença de Deus e que possivelmente acostumou-se a viver com este vazio e aquilo com o qual nos acostumamos, nos conduz a agir sem refletir. Tenho dito aos meus filhos, um de dezenove anos e o outro de dezesseis, que eles fazem parte de uma geração que não viu muita coisa da manifestação da Presença de Deus de vinte anos atrás. Assim como muitas jovens e adolescentes, no tempo de Davi, que ao nascerem , a Arca da Aliança já não estava presente, por isso, devem ter achado o culto na “carroça”, o máximo. Digo sempre aos meus filhos, bem como aos que pastoreio, que , mais do que sentir a Presença de Deus é preciso atraí-la a fim de que ela não se limite a um domingo a noite mas que permaneça sobre nós modificando nossa conduta e qualificando nosso modelo de vida. Creio que a razão de tanta frieza e morte espiritual dá-se pela presença de gente com coração de Uzá que ao invés de dançar com o Rei, está preocupado com o tropeço dos bois(ICr 13.9). Por isso estamos vendo gente saindo morta como entrou, quando deveria sair viva pelo que recebeu dentro. Todavia, o erro do Pastor Davi, não foi maior do que sua nobreza em aprender com ele. Aprender a tomar atitudes certas a partir de seus próprios erros é prerrogativa de qualquer líder que têm pacto com a excelência. Davi resolve não apenas sentir a Presença de Deus, mas se tornar um promotor dela e para isso tomou três atitudes dignas de ser copiadas, as quais não só passo a relatar, como também sugerir como princípios fundamentais para que nossos cultos não sejam meros exercícios de euforias, porém vazios e sem vida.Nesta postagem tratarei apenas da primeira como início de nossa trajetória para o resgate da Arca.

Prepare o Lugar

O primeiro princípio observado por Davi foi o Princípio do Preparo, isto é, ele entendeu que qualidade do solo define o destino da semente, assim sendo entendemos que a manifestação de Deus acontece em solo preparado, em ambiente exclusivamente dedicado( ICr 15.1). Quantas vezes estamos reunidos, cantando sobre a presença de Deus mas há uma desordem instalada no ambiente. Uns conversam sobre o resultado do jogo, outros estão comendo seu lanchinho enquanto “cultuam”, outros estão atendendo celular, sem contar com as crianças que copiam este modelo filisteu de ser, o modelo da “carroça”(ISm 6.10). Prepare o lugar, esvazie-o da soberba,da desordem da auto suficiência, da maneira pessoal de ser, da negligência e da indiferença. Atletas se preparam para disputar, cama se prepara para dormir, pessoas se preparam para casar, ambiente se prepara para receber a Arca, Jesus subiu a fim de nos preparar lugar(Jo 14.2), quando Deus criou o homem, tudo já estava preparado para recebê-lo. Creio que uma das razões que irá trazer a Arca de volta está no coração que se preparou exclusivamente para Deus e Deus gosta de exclusividade. Quantas pessoas você conhece que passa um tempo em oração antes de se dirigir ao local de culto, onde a igreja se reúne? Quantas igrejas conhecemos que separa um período de oração exclusiva pelo culto a ser oferecido e não apenas uma breve oração inicial? Aliás, alguém viu por ai a Dona Reunião de Oração? Davi entendeu que sem o local preparado seria ajuntamento sem avivamento, seria arca sem presença, seria coisa sem vida, seria pessoas presente mas seria Deus ausente. Creio que este primeiro princípio, aqui estudado serve como ponto de despertamento para nos tornarmos promotores do retorno da Arca; creio que somos a geração pós vinte anos e sete meses, creio que somos a geração que aprende com os erros e que não se conforma com o culto da “carroça”. Creio que não fomos chamados para nos acostumarmos com a ausência de Deus, nem permitir que a geração dos nossos jovens a semelhança dos efésios dos tempos do apóstolo Paulo, nem sequer saiba que há Espírito(At 19.2) Eu creio e você?

Graça e Paz!

Marcos Joaquim