TRADUTOR

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

LÂMINA DE OURO NA CABEÇA E PÉS NO CHÃO

“Também farás uma lâmina de ouro puro, e nela gravarás como a gravura de um selo: SANTIDADE AO SENHOR.
...E estará sobre a testa de Arão”...  (Ex 28.36,37)

Inicio este artigo afirmando que creio piamente que todos aqueles que foram chamados por Deus para fazerem parte do seu Reino, são constituídos, por Ele, em seus sacerdotes, conforme nos diz as Escrituras (Ap 1.6; IIPe 2.9).Creio portanto que o sacerdócio da primeira Aliança era sombra da imagem real do sacerdócio da Nova Aliança, que agora vivemos. Isso, para mim significa que cada coisa do passado é uma sinalização para nossa postura no futuro. É baseado nesta visão que acredito estarmos vivendo uma “crise sacerdotal”. Uma crise onde muitos dos que se dizem partícipes do Reino ainda não adquiriram uma mentalidade sacerdotal.Lâmina de ouro na cabeça e pés no chão. Os desajustes familiares daqueles que se dizem do Reino que resulta na quebradura de relacionamentos(O sacerdote não poderia ser quebrado em nenhum membro Lv 21.17,19); paternidade descomprometida com o futuro de seus filhos (O sacerdócio era passado de pai para filho. Ex 29.29); a conivência e tolerância a tanto pecado dentro da igreja(o sacerdote não poderia ser manchado Lv 21.20)). Tudo isso me leva a enxergar uma crise na mentalidade de que somos sacerdotes. Vejo no meio eclesiástico uma inquietação por parte de alguns que  de modo ferrenho defendem que é preciso parar de pregar o Velho Testamento e começar a ensinar o Novo Testamento para o povo. Segundo estes, os que só pregam o Velho, estão judaizando a Igreja. Já os que só pregam o Velho Testamento, dizem que os pregadores exclusivamente neotestamentários, romanizaram a Igreja, pois aceitam tudo quanto é festa, desde junina à carnavalesca, mas que não se fale em shofar ou qualquer alusão à Israel, por mínima que seja. Para os pregadores veterotestamentários, prosperidade é bíblica. Já para alguns dos neotestamentários, é do diabo. Crise sacerdotal. Falta-nos, acredito, resgatar, trazer de volta a Lâmina de Ouro da cabeça e por de novo os pés no chão. Ao ser trajado para oficiar o serviço religioso, o sacerdote trazia na cabeça uma lâmina de ouro puro, mas seus pés permaneciam no chão, visto que o Senhor não autorizou nenhuma vestimenta que os cobrisse, nem se quer ordenou que fosse posto assoalho no Tabernáculo. Isso aponta para o fato de que podemos pensar com nobreza sem no entanto perder o contato com a realidade. Não creio que a prosperidade nos separe da humildade, não creio que para Deus exista diferença entre velho e novo mas sim que exista apenas uma palavra. A sua. Não creio que o novo anula o velho, mas sim que é a complementação dele. Creio que posso pregar o novo e conduzir meu ouvinte a observar o velho, creio que posso pregar o velho e conduzir meu ouvinte a enxergar Jesus no novo, apesar de estar nos dois.
Sinto, particularmente, a necessidade de ter uma mente nobre sem no entanto esquecer de onde vim e nem daqueles que de lá ainda não saíram. Temo quando vejo algumas pessoas se intitularem equilibrados como se por nosso próprio critério pudéssemos saber o que realmente significa equilíbrio.Não ouso me chamar de equilibrado mas ouso dizer que preciso de Lâmina de Ouro na cabeça e pés no chão, de ter uma mentalidade  sacerdotal para quando olhar para cima, me lembrar de ser nobre, e quando olhar para baixo, não me esquecer de ser gente. Eu creio assim e você? 
Graça e Paz!
Marcos Joaquim
  

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A DÉCIMA TERCEIRA VOLTA




“E rodearam a cidade uma vez no segundo dia, e voltaram ao arraial. Assim fizeram por seis dias. No sétimo dia levantaram-se bem de madrugada, e da mesma maneira rodearam a cidade sete vezes; somente naquele dia rodearam-na sete vezes. Js 6.14,15.”

Foi debaixo desta palavra que iniciamos o ano de 2013 na Igreja Batista Shalom. Certos de que as tribulações deste tempo presente, não hão de se comparar com a glória que há de ser revelada em  nós(Rm 8.18). No décimo terceiro ano desta década cremos que será um tempo da liberação de Deus sobre seu povo, isto é, na vida de tantos quantos estiverem contextualizados com o coração do Eterno e ávidos para cumprirem sua vontade específica para este tempo. Creio haver para este tempo, uma convocação divina para irmos além do que temos ido a fim de deixarmos a imaturidade , onde apenas damos,todos os dias,voltas no mesmo lugar. Depois de sete dias, as muralhas de Jericó caíram por terra. Antes disso Israel estava apenas rodeando uma vez ao dia durante seis consecutivos dias. Durante este período a ordem é que caminhassem calados e que gritassem apenas no sétimo onde deveriam rodear sete vezes. Isso somado perfaz um total de treze voltas e não de sete como afirmam alguns. Assim sendo, foram sete dias com treze voltas no total. Na Décima Terceira volta de Israel, Jericó caiu Foi baseado nesta visão que ministrei a igreja ,imbuído da responsabilidade profético/sacerdotal que este será um ano de três grandes legados sobre nosso povo. Cremos que em 2013 Deus promoverá:

Acessibilidade à Lugares dantes Inconquistáveis.
Ao rodear por seis dias, Israel precisou de uma mentalidade crédula de que àquilo que consideramos impossível e inacessível, como foi o caso de Jericó , torna-se em barreira combalida pelo Decreto Divino(Lc 1.37). Deus não disse a Josué que entregaria e sim que já estava entregue(Js 6.2). Ele chama a existência àquilo que ainda não existe(Rm 4.17).
Completamos sete anos de existência como igreja no ano de 2012. Chegou a hora de liberarmos o “Grito”(v 16), grito que promoverá não apenas o rompimento do silêncio de quem até hoje caminhou na obediência da orientação sacerdotal, mas promoverá nos que viviam do outro lado da muralha, o entendimento de uma linguagem que dantes não entendiam, mas que agora entenderão pois a muralha da separação, da ignorância e da inacessibilidade, caiu por terra.
Creio que 2013 é o ano em que corações antes considerados inconquistáveis, nos enxergarão de uma forma diferente, a fim de que  vejam coisas jamais vistas. Os habitantes de Jericó só viram de perto os que estavam de fora, depois de estarem dentro. Que haja uma santa invasão no coração daqueles que até hoje ainda são prisioneiros de suas próprias muralhas.

Unidade de Propósitos
Precisamos neste ano, em nossa Décima Terceira Volta, de um batismo de Unidade, de entendermos que mais do que darmos voltas em torno de um mesmo propósito, é preciso que caminhemos juntos. Minha oração é que haja em nosso meio um nível de Unidade jamais experimentado, onde entendamos que ao nos reunirmos como igreja, o fazemos a fim de derrubarmos muralhas que se interpõem entre o adorador e Aquele que deve ser adorado, entre irmão e irmão. Ao fazermos isso, precisamos voltar para nossa tendas sem as palavras de murmuração assim como Israel fez por seis dias, obedecendo a “lei do silêncio”dada pelo Senhor.(v.10, 14). Depois de rodearem voltavam para o silêncio de suas tendas, onde provavelmente faziam juntos suas refeições assentados a mesa, onde o filho perguntava ao pai quando a muralha cairia, curiosidade peculiar em qualquer criança. Provavelmente o pai respondia que deveriam esperar a vontade de Deus pois a Décima Terceira Volta não estava completa. Resposta peculiar de um pai crente e com mentalidade de educador dos princípios divinos a seus filhos. Quem sabe a mulher ao ver seu esposo retornar do sexto dia de volta, ao invés de esbravejar, atitude peculiar de quem não tem unidade de propósito, diga ao seu marido que ele pode descansar pois o lar não é um lugar de desabafos, mas sim um ambiente de restauração.
É desse jeito que acredito numa igreja e numa família que caminha na Unidade de Propósitos que retorna para casa num domingo a noite mas não permite que a expectativa dele seja sepultada na segunda feira. Acredito na família que acredita no valor do culto doméstico, na célula familiar, na refeição feita com todos a mesma mesa sem discussões, brigas, mágoas e ressentimento. Acredito que este será um ano assim não somente por causa do crê, mas também porque acredito que sete anos de caminhada não serão desprezadas aos olhos Daquele que nos convocou para derrubarmos muralhas.

Preservação de Valores Inegociáveis
Após a Décima Terceira Volta, Jericó é vencida e derrubada, porém uma família inteira foi preservada. Não era, para Deus, a casa de uma prostituta, mas sim uma família que formaria a descendência do Messias(Mt1.5-16).
Família para Deus é de valor inegociável por isso não importou para o Senhor, que Raabe foi no passado, mas sim a atitude que tomou no presente para ser o que desejava no futuro. Assim sendo pergunto à você: O que você está disposto a fazer hoje para ser aquilo que deseja ser amanhã? Talvez você tenha sofrido algumas perdas no ano de 2012, mas em 2013, você tem a oportunidade de preservar o maior dos seus valores: Sua família.
Qualquer um em Israel consideraria Raabe perdida, mas havia uma ordem celestial acerca dela. “...somente a prostituta Raabe viverá, ela e todos os que com ela estiverem em casa”. (Js 6.17)

Não posso dimensionar qual o valor que você dá à sua família, nem qual a visão que têm acerca dela, mas posso afirmar que há uma ordem de preservação para ela, ainda que você não veja.Creio que a maneira como enxergamos as coisas nem sempre corresponde ao modo como Deus as enxerga. Feliz 2013. Feliz Décima Terceira Volta.
Você Crê?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim