“Também farás uma lâmina de ouro puro, e nela gravarás como a gravura de um selo: SANTIDADE AO SENHOR.
...E estará sobre a testa de Arão”... (Ex 28.36,37)
Inicio este artigo afirmando que creio piamente que todos aqueles que foram chamados por Deus para fazerem parte do seu Reino, são constituídos, por Ele, em seus sacerdotes, conforme nos diz as Escrituras (Ap 1.6; IIPe 2.9).Creio portanto que o sacerdócio da primeira Aliança era sombra da imagem real do sacerdócio da Nova Aliança, que agora vivemos. Isso, para mim significa que cada coisa do passado é uma sinalização para nossa postura no futuro. É baseado nesta visão que acredito estarmos vivendo uma “crise sacerdotal”. Uma crise onde muitos dos que se dizem partícipes do Reino ainda não adquiriram uma mentalidade sacerdotal.Lâmina de ouro na cabeça e pés no chão. Os desajustes familiares daqueles que se dizem do Reino que resulta na quebradura de relacionamentos(O sacerdote não poderia ser quebrado em nenhum membro Lv 21.17,19); paternidade descomprometida com o futuro de seus filhos (O sacerdócio era passado de pai para filho. Ex 29.29); a conivência e tolerância a tanto pecado dentro da igreja(o sacerdote não poderia ser manchado Lv 21.20)). Tudo isso me leva a enxergar uma crise na mentalidade de que somos sacerdotes. Vejo no meio eclesiástico uma inquietação por parte de alguns que de modo ferrenho defendem que é preciso parar de pregar o Velho Testamento e começar a ensinar o Novo Testamento para o povo. Segundo estes, os que só pregam o Velho, estão judaizando a Igreja. Já os que só pregam o Velho Testamento, dizem que os pregadores exclusivamente neotestamentários, romanizaram a Igreja, pois aceitam tudo quanto é festa, desde junina à carnavalesca, mas que não se fale em shofar ou qualquer alusão à Israel, por mínima que seja. Para os pregadores veterotestamentários, prosperidade é bíblica. Já para alguns dos neotestamentários, é do diabo. Crise sacerdotal. Falta-nos, acredito, resgatar, trazer de volta a Lâmina de Ouro da cabeça e por de novo os pés no chão. Ao ser trajado para oficiar o serviço religioso, o sacerdote trazia na cabeça uma lâmina de ouro puro, mas seus pés permaneciam no chão, visto que o Senhor não autorizou nenhuma vestimenta que os cobrisse, nem se quer ordenou que fosse posto assoalho no Tabernáculo. Isso aponta para o fato de que podemos pensar com nobreza sem no entanto perder o contato com a realidade. Não creio que a prosperidade nos separe da humildade, não creio que para Deus exista diferença entre velho e novo mas sim que exista apenas uma palavra. A sua. Não creio que o novo anula o velho, mas sim que é a complementação dele. Creio que posso pregar o novo e conduzir meu ouvinte a observar o velho, creio que posso pregar o velho e conduzir meu ouvinte a enxergar Jesus no novo, apesar de estar nos dois.
Sinto, particularmente, a necessidade de ter uma mente nobre sem no entanto esquecer de onde vim e nem daqueles que de lá ainda não saíram. Temo quando vejo algumas pessoas se intitularem equilibrados como se por nosso próprio critério pudéssemos saber o que realmente significa equilíbrio.Não ouso me chamar de equilibrado mas ouso dizer que preciso de Lâmina de Ouro na cabeça e pés no chão, de ter uma mentalidade sacerdotal para quando olhar para cima, me lembrar de ser nobre, e quando olhar para baixo, não me esquecer de ser gente. Eu creio assim e você?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim
Um comentário:
Paz e Graça Pr. Marcos.
Que bom estar voltando ao computador para ler suas belas mensagens e ao mesmo tempo triste por não estar junto a vocês fazendo parte das reuniões, creio que estou perdendo muita coisa boa, mais graças a Deus tenho a chance de ler suas mensagens e que maravilha esta mensagem "como sempre".
Estou com muita saudade do Sr. e de todos.
Shalom.
Rosi, ainda sua discípula e com muito orgulho.
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