TRADUTOR

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O PREGADOR E A LIXEIRA

Há vinte e seis anos que caminho com com Jesus e a quinze prego o evangelho. Nessa década e meia de ministração da Palavra tenho visto muita transformações de vidas, de conceitos, sobretudo de mentalidade, partindo do princípio que todo comportamento humano só é mudado quando existe mudança de mente(Rm 12.2). No entanto, tenho ao mesmo tempo, presenciado muita gente que permaneceu no mesmo estilo de vida e outras que infelizmente, tornaram-se piores pois o confronto de uma verdade nos obriga a nos curvarmos diante dela ou nos rebelarmos contra ela. E esse fato sempre me incomodou. Até que uma dia tive uma das maiores lições da minha vida no que se refere a pregação.
Numa bela manhã ensolarada, decidi fazer um concerto na lixeira que fica bem em frente ao portão da minha casa. Munido de martelo e pregos em minha pequena caixa de ferramentas, comecei o trabalho. Quando comecei a pregar, percebi que tinha comigo três classes de pregos. A primeira classe sucumbia diante das minhas marteladas e fixava-se firmimente na madeira. A segunda, quando o martelo batia em sua cabeça resvalava e como se estivesse furiosa rodopiava e caía longe do lugar onde eu estava trabalhando. Já a terceira classe entortava-se diante das marteladas e diferentemente da segunda classe permanecia no lugar da pregação mas de modo torto.
Enquanto fazia meu trabalho comparei a primeira classe de pregos com a vida de muita gente que diante da pregação da palavra, aprofundam-se na verdade e permanecem fixos nela ( II Tm 3.14).
Outros, como a segunda classe, vão embora porque sua mentalidade é inegociável, e quem não negocia com Deus sua maneira de pensar não é conquistado por Ele. E aquele que por Deus não é conquistado torna se conquistado pelo diabo.
Talvez a terceira classe seja a pior. São aqueles que estão dentro mas estão tortos. Diante de cada pregação não se firmam mas se entortam.
Percebi com esse fato que não poderia contar com alguns daqueles pregos para o término do meu trabalho e que se dependesse deles teria que pôr o lixo no chão, em vez da lixeira. Com isso, quero dizer algo a você que tem ouvido muitas pregações, a você que me dá a honra de lêr este artigo. Não pule para longe diante das "marteladas", diante das pregações. Não fique torto no lugar. Receba a pregação e coopere para que o lixo vá para o lugar certo e não se espalhe nas ruas. Porque é exatamente pela falta de pregação ou pelas fracas "marteladas"que temos visto, que essa sociedade está a cada dia se afundando no lixo da imoralidade, da prostituição, isto é, do pecado.
Não é a minha palavra como o fogo, diz o Senhor e martelo que esmiúça a penha(Jr 23.29)
Você crê?
Graça e Paz.
Marcos Joaquim