"Já não vemos os nossos símbolos; já não há profeta; nem, entre nós, quem saiba até quando"-Sl 74.9
Creio, quando leio este texto, que ao acordar, Asafe foi tomado por um peso na alma ao refletir sobre a realidade espiritual da igreja de seu tempo. Pensou na escasses dos símbolos, tão presentes e sigificativos de outrora. Pensou na pobreza profética dos dias que estava vivendo e suspirou dizendo: "Até quando"?
Os símbolos eram os estandartes que representavam as tribos quando assentadas em seus arraiais. Eram as bandeiras que identificavam e anunciavam a quem pertenciam os que debaixo deles se colocavam. Já os profetas eram os que interpretavam o coração de Deus para a nação, os que não apenas preconizavam um futuro, mas ensinavam a maneira certa de viver o presente de acordo com a vontade específica de Deus a fim de que o futuro fosse de bençãos.
O amanhecer de Asafe foi diferente e sombrio como os de muitos de nós deveria ser. A indiferença é um dos males deste século. A incapacidade humana de perceber valores e anseios alheios. Estar indiferente as expectativas de Deus fez com estejamos vivendo os mesmos sintomas dos tempos de Asafe.
Se símbolos apontam, resumidamente falando, para identidade, quem somos nós? O que nossas igrejas, ações e posturas simbolizam para quem as vê.
Precisamos de símbolos, precisamos de identidade, precisamos de profetas. Precisamos de Pregadores e não de preletores. Precisamos aprender sobre ajuda do alto e não sobre auto ajuda.
Preletores expõem idéias , pregadores transformam conceitos . Prego por todo o Brasil e tenho a honra de ser convidado por muitos homens de Deus a quem de modo indireto, honro nesta postagem, mas por favor, não me exijam ser um excelente Preletor. Permitam-me ser apenas um simples Pregador. Preletores anunciam, Pregadores prenunciam.
A alma de Asafe desajava o retorno dos tempos do autêntico avivamento. Olhou para as ruinas do templo e entendeu que o desmoronamento do presente foi a negligência para com os alicerces do passado. Se não fizermos o mesmo corremos o risco de nos tornarmos semelhantes aos daquele tempo. A ausência de símbolos e a escasses de profetas tem permitido com que as mensagens tornem-se Antropocêntrica e não Cristocêntrica. Tem formado uma geração de Consumidores de Religião ao invés de Reprodutores da Graça. É como se as pessoas procurassem um "shopping" que lhes atendam as expectativas, caso contrário vão embora para um outro "mercado" mais promissor,onde,segundo elas mesma dizem:"possa me sentir bem".
Ruinas que precisam ser restauradas, situação que precisa ser transformada, geração que precisa ser remodelada segundo o perfil de Deus e não de homens. Geração que há de responder a pergunta de Asafe. Eu quero fazer parte dela e você?
Graça e Paz.
Marcos Joaquim