TRADUTOR

quarta-feira, 20 de junho de 2012

NÃO FOI A ROUPA QUE ENCOLHEU. OS FILHOS QUE CRESCERAM DEMAIS

As vestes sagradas de Arão ficarão para seus filhos depois dele, para nelas serem ungidos e consagrados”. Ex 29.29

Sou totalmente convicto, de que somos chamados para sermos patriarcas em nossa história de vida, um iniciador de uma posteridade sacerdotal e que represente Deus na terra. Creio que a proposta do Evangelho para cada ser humano vai além de salvá-lo e levá-lo para o céu, mas também o capacita a iniciar uma história nova em cada uma de suas gerações. Acredito que meus filhos foram chamados para iniciarem uma posteridade saudável e debaixo de princípios espirituais divinos. Que aquilo que herdarem dos pais deverá ser transmitido aos seus filhos a fim de que através deles nossa história não seja repetida mas sim continuada e aperfeiçoada. Entendo que, como pais, somos modeladores do caráter e alfaiates da personalidade de nossos filhos, a fim de que possam usar as vestes sacerdotais que para eles passarmos. Há uma nudez em nossos dias que ultrapassa a exposição do corpo mas que revela os resultados da ausência de sacerdotes dentro lar. Nossa posteridade, nossos filhos, precisam de sacerdotes que transfiram para eles as roupas que vestiram, roupas que legitimaram sua identidade e autoridade. Quando um sacerdote morria, suas vestes deveriam ser passadas a seus filhos(Nm 20.28), numa espécie de: “Viva como eu vivi e faça como eu fiz”. Ao morrer Arão passa a seu filho, suas vestes mas não teve autoridade para orientá-lo a seguir seus passos, o que na verdade deverá ser um alerta para cada um de nós, pais sacerdotes que estão debaixo do dever de transferirem para seus filhos suas próprias vestes. Para isso deverá adequar seus filhos para que caibam na roupa e não adequar a roupa para que caibam neles. É exatamente isso que temos nestes tempos de pós modernidade. É comum ouvirmos numa família que as roupas das crianças encolheram, tornaram-se curtas. Na verdade, foram as crianças que cresceram demais, a medida da roupa permanece a mesma. Cresceram tanto que transformaram liberdade em libertinagem; dever de obedecer em direito de responder e por ai vai.

No texto quer nos serviu de base, há duas intenções de Deus ao transferirmos as vestes sacerdotais para os filhos: A Unção e a Consagração. O propósito de Deus é que a transferência da roupagem sacerdotal como símbolo de Autoridade e Identidade dê, à nossos filhos, uma capacidade sobrenatural para fazerem coisas específicas e que sobrepuje as limitações e mazelas de sua própria natureza, através da ação do Espírito Santo na vida deles. Isto é Unção. E ainda, que sejam total e exclusivamente propriedade daquele que os criou. Até o fim. Isso é Consagração.

Convoco você a ser um sacerdote transferidor de uma roupagem para esta geração nua de valores. Convoco você a uma ação de resgate do sacerdócio familiar. Creio que a nudez da Autoridade do nosso tempo é resultado da perda da Identidade que é conferida pelas vestes sacerdotais. A embriagues de Noé provocou sua nudez dentro da própria casa e a conseqüência disso é que este fato repercutiu fora dela (Gn 10.21,22). A nudez do nosso sacerdócio dentro de casa sempre acarretará resultados fora dela. Deus nos livre da embriagues da insensatez. Mas também creio que ainda dá tempo, que ainda há uma geração de filhos dentro e fora das nossas casas, dentro ou fora de nossas igrejas, que estão clamando por sacerdotes que queiram ungi-los e consagra-los.

Você crê?

Graça Paz

Marcos Joaquim

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