TRADUTOR
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
A FORMAÇÃO DE UMA POSTERIDADE
Este domingo, 18 de Dezembro foi um dia especial dentro difícil ano de 2011. Tive a honra de batizar cinco novos discípulos, na parte da tarde e a noite apresentei ao Senhor, duas belíssimas crianças, num ato profético e sacerdotal, diante da igreja e do altar. Esses dois fatos embasaram a mensagem pregada neste dia especial pois ao olhar para estas sete pessoas, cinco no batismo e duas na consagração, eu não as via apenas como uma obrigação ministerial a ser cumprida mas via nelas o cumprimento de uma vontade e de um planejamento divino. Aqueles cinco discípulos, cada um deles com suas características personalidades e sonhos eram mais do que batizandos, eram uma expectativa de Deus a fim de formarem uma posteridade que o honre na terra. Aquelas duas crianças me deram o prazer de ser participantes do início de suas histórias e ao suspendê-las diante do altar estava levantando mais do que um menino e uma menina, mas sim duas posteridades que diante dos pais continuavam suas próprias trajetórias. Isso significa que cada ser humano nascido não é um acidente de percurso ainda que sua gravidez tenha sido indesejada, ainda que sua gestação tenha sido inesperada. Nada pega a Deus de surpresa. Sim, verdadeiramente, não somos um acidente de percurso, nem se quer um mero resultado de uma colisão entre um espermatozoide e um óvulo. Somos resultado de uma intenção divina. Por isso Deus se reporta a Israel, a seu povo, dizendo que seus filhos seriam conhecido entre as nações e seus descendentes no meio dos povos, pois cada ser humano é a continuidade de uma história e, em Deus, capaz de aperfeiçoá-la.(Fp1.6). Acredito no evangelho, não apenas como regra de fé e prática mas também, como um instrumento lapidador de uma geração e que através do caráter de Cristo impregnado na vida dos que não apenas crêem mas estão Nele, formam uma posteridade de homens e mulheres saudáveis sobre a terra. Acredito deste jeito que ao pregar o evangelho não estou meramente trabalhando para encher uma igreja local, mas para ser co participante no trabalho de Deus em formar uma nova geração que contraste com a atual .
O que de mais lindo entendo neste texto é que, ter a nossa posteridade conhecida entre as nações e nossa descendência no meio dos povos, não significa necessariamente que um dia eles terão que ir ou estarem lá. Mas que suas Atitudes, Ideias e Construções poderão atravessar fronteiras e a barreira do tempo. Um homem pode passar, mas suas Atitudes, Ideias e construções permanecem depois dele. E dependo da qualidade destas três coisas, este homem será amado ou odiado; desejado ou rejeitado. Quando estive na Alemanha percebi o esforço daquela nação para apagar a memória de Hitler, pois todo nome lembra uma atitude e o ao nome deste ditador, foi uma vergonha para a nação germânica e para o mundo. Portanto o contrário também é verdadeiro, ou seja, creio que nossa posteridade será conhecida por ideias férteis e atitudes construtivas. Creio que cada pai, na qualidade de sacerdote do lar,que se dá ao trabalho de impôr suas mãos sobre seus filhos; e com a autoridade que lhes foi conferida, abençoar seu futuro, colheram o fruto deste trabalho. Creio que cada pastor, na qualidade de profeta em sua igreja e nação que não objetiva apenas um sucesso passageiro e local mas um triunfo eterno e que ultrapasse as fronteiras de sua jurisdição e por causa desta visão, trabalha na formação de uma posteridade, será levado a sério pelo céu. Creio, por isso preguei e agora escrevo. Creio que a ideia de Deus não é que sejamos um simples e opaco ajuntamento de gente dentro de um mesmo espaço mas que sejamos vistos e reconhecidos como família bendita do Senhor. Você também crê?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
PROMOTORES DA PRESENÇA DE DEUS PARTE III ARRUME A CASA
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
sábado, 3 de dezembro de 2011
PROMOTORES DA PRESENÇA DE DEUS PARTE I PREPARE O LUGAR
"Levaram a arca de Deus sobre um carro novo, tirando-a da casa de Abinadabe; e Uzá e Aiô guiavam o carro.
Davi e todo o Israel alegravam-se perante Deus com todas as suas forças, cantando e tocando harpas, alaúdes, tamboris, címbalos e trombetas.
Quando chegaram a eira de Quidom, Uzá estendeu a mão para segurar a arca, porque os bois tropeçavam.
Então se acendeu a ira do Senhor contra Uzá, e o Senhor o feriu por ter estendido a mão à arca; e ele morreu ali perante Deus.
E Davi se encheu de desgosto porque o Senhor havia irrompido contra Uzá; pelo que chamou aquele lugar Pérez-Uzá, como se chama até o dia de hoje."....
... "Então disse Davi: Ninguém deve levar a arca de Deus, senão os levitas; porque o Senhor os elegeu para levarem a arca de Deus, e para o servirem para sempre..." Convocou, pois, Davi todo o Israel a Jerusalém, para fazer subir a arca do Senhor ao seu lugar, que lhe tinha preparado...
..."E os levitas trouxeram a arca de Deus sobre os seus ombros, pelos varais que nela havia, como Moisés tinha ordenado, conforme a palavra do Senhor." I Sm 13.7-11; 15.2,3,4,15
Pelo que temos substituído a Presença de Deus, quando nos reunimos para cultuá-lo? O que é mais importante do que sentir a Presença de Deus? Em tempos de tanto esvaziamento espiritual como este, como trazer de volta a Presença de Deus? Por que consideramos “culto abençoado”, apenas ao que acontece no domingo a noite e desaparece na segunda feira? Procuro nesta postagem, responder a estas perguntas que fervem dentro da minha própria alma. Os textos bíblicos acima nos dão uma ampla visão da importância da Presença de Deus e a nossa postura com relação a ela. A semelhança de nossos tempos, Israel passava por um período de esvaziamento espiritual por causa da ausência da Arca, símbolo da Presença do Eterno. Vinte anos e sete meses se passaram e isso foi o suficiente para que Israel, liderado por Davi perdesse o modelo certo de como devemos cultuar a Deus( I Sm 6.1; 7.2). Davi e a igreja que pastoreava acostumaram-se a cultuar sem a Presença de tal modo que substituíram pessoas por coisas, velhos sacerdotes por carros novos. Ah pastor Davi! Que feriu o princípio do modelo israelita dado por Moisés, para substituí-lo pelo modelo filisteu, de cultuar. O culto filisteu cultua com coisas, mas o culto de Israel é com gente. O culto filisteu é feito para que um problema seja resolvido, já o de Israel para celebrar o Eterno pelo fato Dele estar presente(6.7-12). O que mais me deixa estarrecido nisto tudo é que muitos moradores de Bete Semes, morreram por que olharam para dentro da Arca. O que, para mim, sinaliza que curiosidade desrespeitosa mata, pois aqueles homens não se aproximaram da Arca pela sublimidade da Presença de Deus, mas sim pelo interesse egoísta em descobrir o que ela continha, e que satisfizesse seus próprios desejos . Uma triste coincidência com os dias atuais, onde muitos estão “buscando” Deus por aquilo que ele tem e não por quem Ele é.Temo que a semelhança da geração de Davi, estejamos tentados a carregar a Presença em carros novos em vez de resgatá-la nos ombros da responsabilidade(I Cr 15.15). Uma geração que ficou vinte anos sem a Presença de Deus e que possivelmente acostumou-se a viver com este vazio e aquilo com o qual nos acostumamos, nos conduz a agir sem refletir. Tenho dito aos meus filhos, um de dezenove anos e o outro de dezesseis, que eles fazem parte de uma geração que não viu muita coisa da manifestação da Presença de Deus de vinte anos atrás. Assim como muitas jovens e adolescentes, no tempo de Davi, que ao nascerem , a Arca da Aliança já não estava presente, por isso, devem ter achado o culto na “carroça”, o máximo. Digo sempre aos meus filhos, bem como aos que pastoreio, que , mais do que sentir a Presença de Deus é preciso atraí-la a fim de que ela não se limite a um domingo a noite mas que permaneça sobre nós modificando nossa conduta e qualificando nosso modelo de vida. Creio que a razão de tanta frieza e morte espiritual dá-se pela presença de gente com coração de Uzá que ao invés de dançar com o Rei, está preocupado com o tropeço dos bois(ICr 13.9). Por isso estamos vendo gente saindo morta como entrou, quando deveria sair viva pelo que recebeu dentro. Todavia, o erro do Pastor Davi, não foi maior do que sua nobreza em aprender com ele. Aprender a tomar atitudes certas a partir de seus próprios erros é prerrogativa de qualquer líder que têm pacto com a excelência. Davi resolve não apenas sentir a Presença de Deus, mas se tornar um promotor dela e para isso tomou três atitudes dignas de ser copiadas, as quais não só passo a relatar, como também sugerir como princípios fundamentais para que nossos cultos não sejam meros exercícios de euforias, porém vazios e sem vida.Nesta postagem tratarei apenas da primeira como início de nossa trajetória para o resgate da Arca.
Prepare o Lugar
O primeiro princípio observado por Davi foi o Princípio do Preparo, isto é, ele entendeu que qualidade do solo define o destino da semente, assim sendo entendemos que a manifestação de Deus acontece em solo preparado, em ambiente exclusivamente dedicado( ICr 15.1). Quantas vezes estamos reunidos, cantando sobre a presença de Deus mas há uma desordem instalada no ambiente. Uns conversam sobre o resultado do jogo, outros estão comendo seu lanchinho enquanto “cultuam”, outros estão atendendo celular, sem contar com as crianças que copiam este modelo filisteu de ser, o modelo da “carroça”(ISm 6.10). Prepare o lugar, esvazie-o da soberba,da desordem da auto suficiência, da maneira pessoal de ser, da negligência e da indiferença. Atletas se preparam para disputar, cama se prepara para dormir, pessoas se preparam para casar, ambiente se prepara para receber a Arca, Jesus subiu a fim de nos preparar lugar(Jo 14.2), quando Deus criou o homem, tudo já estava preparado para recebê-lo. Creio que uma das razões que irá trazer a Arca de volta está no coração que se preparou exclusivamente para Deus e Deus gosta de exclusividade. Quantas pessoas você conhece que passa um tempo em oração antes de se dirigir ao local de culto, onde a igreja se reúne? Quantas igrejas conhecemos que separa um período de oração exclusiva pelo culto a ser oferecido e não apenas uma breve oração inicial? Aliás, alguém viu por ai a Dona Reunião de Oração? Davi entendeu que sem o local preparado seria ajuntamento sem avivamento, seria arca sem presença, seria coisa sem vida, seria pessoas presente mas seria Deus ausente. Creio que este primeiro princípio, aqui estudado serve como ponto de despertamento para nos tornarmos promotores do retorno da Arca; creio que somos a geração pós vinte anos e sete meses, creio que somos a geração que aprende com os erros e que não se conforma com o culto da “carroça”. Creio que não fomos chamados para nos acostumarmos com a ausência de Deus, nem permitir que a geração dos nossos jovens a semelhança dos efésios dos tempos do apóstolo Paulo, nem sequer saiba que há Espírito(At 19.2) Eu creio e você?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
OUVIDO NO PEITO OU PÃO NA BOCA? QUAL É SUA ESCOLHA?
Quero começar esta postagem com a seguinte pergunta: Qual é a sua posição no Reino de Deus?Desde do ano passado tenho me ocupado em ensinar a igreja sobre a importância de descobrirmos quem somos e onde estamos, com relação ao Projeto de Deus. Nisto, temos compartilhado que, em seu ministério terreno, Jesus andava cercado por três tipos de pessoas: As Multidões, os Religiosos e os Discípulos. As Multidões viviam a procura de milagres ou qualquer coisa que aliviasse suas crises e doenças; quanto aos Religiosos estavam em busca de uma efervescente discussão e debates inúteis que nunca modificavam suas próprias vidas. A estes Jesus confrontava com a Palavra, pois é assim que se trata esta doença chamada religiosidade, que nos permite conhecer Deus sem, todavia, experimentá-lo. Religioso é assim, fala do que aprendeu mas não sabe falar do que nunca experimentou(Mt 23.4,27). Quanto as Multidões, Jesus as tratava com amor, lhes ensinava e as curavam. Voltavam para suas casas com suas bençãos, todavia sem a companhia do Abençoador( Qualquer semelhança, Não é mera coincidência). Já os Discípulos não, estes voltavam com Jesus para casa e era lá que o culto continuava, já que culto não é uma simples reunião e sim um contínuo estilo de vida(Mc 4.10). Há no entanto, que se entender que existem discípulos e discípulos, isto é, discípulos que estão longe, discípulos que estão perto e discípulos que estão perto mas seus interesses estão longe, distantes do propósito do Mestre. Posicionados a mesa com Jesus, na noite da última ceia estavam seus doze discípulos, Jesus solta uma "bomba"revelando que um deles era um traidor, um deles era infiel. Vale ressaltar que o sentido precípuo de uma pessoa Infiel não é apenas aquela que não trai e sim aquela que não é digna de Confiança. Judas não era apenas um traidor, mas também indigno de confiança( Precisamos analisar se realmente somos fieis). Pedro, de longe, pede a João, o aconchegado ao peito do Mestre, para que o pergunte quem era, pois quem está distante não tem direito a revelação é e incapaz de compreendê-la devido a distância ,pela posição que escolheu na mesa do banquete. Mas não basta estar perto é preciso estar dentro. Judas estava tão próximo que recebe o pão na boca, sinal revelado por Jesus a João pelo qual o traidor seria denunciado(Jo 13.26), porém seu coração era de fora, tanto que ao receber o pão e tendo o diabo entrado nele, pois quem por Deus não é ocupado torna-se invadido por aquele, sai no meio das trevas, que por sua vez é símbolo da ignorância e território diabólico(Jo 13.30). Chego então a uma conclusão: Não quero ser como Judas que participa do banquete, recebe pão na boca mas caminha nas trevas. Não quero ser como um traidor que está perto mas não está dentro, que está visível mas que não é digno de confiança. Que come do que o Mestre da, recebe o que o Mestre tem mas não se torna no que o Mestre quer. Não quero ser como Judas que teve sua morte como resultado do seu próprio desejo. Não quero ser como Judas cujos os relacionamentos com pessoas do lado de fora, era contrário aos princípios da aliança dos discípulos que estavam do lado de dentro, ao lado do Mestre. Quero ser como João, que não recebeu pão na boca, mas manteve-se com o ouvido no peito de Jesus de tal maneira que foi o único que compreendeu a revelação. Os outros não entenderam(Jo 13.27-29). Só quem matêm a cabeça no peito do Mestre é capaz de ouvir as mais íntimas revelações que delinearão novos trajetos. Creio que só aqueles que decidiram abrir mão de comer o pão da traição, abdicar de seus próprios interesses e não ultrapassar a linha divisória do cenáculo onde o Mestre permanece, poderão se tornar discípulos dignos das mais excelentes revelações e não serem como os demais que vivem de suposições. Não foi em vão que o escritor do maior e mais profundo livro de revelações da Bíblia, foi o apóstolo João, o livro da Revelações, o livro do Apocalipse.
Eu creio e você?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim
domingo, 13 de novembro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
Que o fim dos tempos é chegado, não se pode duvidar, os sinais da apostasia e o aumento da iniqüidade conforme preconiza a Bíblia é um fato notório que está se cumprindo bem em nossos dias. O que me chama a atenção, no entanto, é como os dias que estamos vivendo se assemelham aos dias de Elias, o profeta “perturbador” de Israel. A frieza com relação aos princípios morais que dão vazão a influência de Jezabel dentro e fora da igreja; a falta de compromisso e o desleixo espiritual que promovem altares que clamam por concerto; um povo sem decisão e sem identidade a ponto de receber um confronto profético e não esboçar nenhuma reação. Elias confronta o povo para que se decidisse entre Deus e Baal e ,diz a Bíblia que o povo não respondeu nada. Isto é sintoma de indecisão e Deus não trata com indecisos ,pois o confronto do profeta no Monte Carmelo teve como ponto principal a necessidade de um posicionamento que por sua vez tinha por objetivo a formação de uma identidade. Israel estava sem identidade, sua vida espiritual estava endemoninhada pelo paganismo de sua religiosidade divorciada de Deus. Semelhança gritante com os nossos dias onde todos estes sintomas acima citados estão refletidos na conduta de muitos, dentro da igreja fazendo com que nos tornemos a cada dia, num povo sem identidade definida. Precisamos de Elias, sim de Elias que através do confronto, leve a igreja a uma decisão definitiva de quem pretende ser, e a quem deseja seguir. Profetas que exortem seu povo a “não coxear entre dois pensamentos” e que o leve a compreender que a glória do alto não virá se antes o altar não for restaurado aqui em baixo. Profetas, Elias, que nos façam ver que aquilo que desce precisa ser resultado da aceitação daquilo que subiu, pois se esperamos muita coisa aqui na terra, também há muita coisa aguardando por nós lá no céu. Precisamos de profetas formadores de opinião que nos ensinem que a presença de Jezabel não é fator determinante para que não saibamos quem somos.Vivemos num tempo de prostituição de valores onde já não se faz mais diferença entre o santo e o profano, músicos que ministram na igreja quando eles mesmos não são igreja, líderes omissos que permitem a permanência do casamento entre Acabe e Jezabel dentro da igreja gerando duas filhas malignas que são a Negligência Moral e a Prostituição Religiosa. Acabe, marido de Jezabel, era a personificação da Negligência, sua liderança era frouxa e apesar de ser o rei era sua mulher quem comandava. Assim como em nossos dias, onde o gênero masculino não é mais um referencial de liderança pois são da geração de Acabe. Jezabel, esposa de Acabe, era a personificação da Prostituição. Prostituir-se significa “baixar o preço” e a semelhança do nosso tempo, está difícil encontrar que queira “pagar o preço”. Todavia, creio que temos hoje, muito mais do que sete mil que não se dobraram a Baal, creio que apesar de tudo isso, que Deus não fica sem representação profética na terra e que nos últimos dias haverá um grande derramar do Espírito a ponto de vermos a restauração do oficio profético através de nossos filhos e filhas (At 2.17). Creio que o chamamento para aumentarmos o numero dos sete mil ainda está vigorando e eu quero me alistar e você?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
"Tendo, pois, tal esperança, usamos de muita ousadia no falar.
E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a face, para que os filhos de Israel não atentassem na terminação do que se desvanecia; mas o entendimento lhes ficou endurecido. Pois até o dia de hoje, à leitura do velho pacto, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele abolido; sim, até o dia de hoje, sempre que Moisés é lido, um véu está posto sobre o coração deles.
Contudo, convertendo-se um deles ao Senhor, é-lhe tirado o véu.
Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade.Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” II CO 3.13-1
Já celebrei vários casamentos e para mim, tal tarefa é por demais prazerosa, pois não enxergo a celebração de um casamento como um simples ofício sacerdotal. Para mim é mais do que isso; é um simbolismo profético da junção de Jesus com a sua noiva, a igreja. Representa o dia mais aguardado por todos aqueles que não foram chamados para pertencerem a uma igreja mas para serem a própria igreja. Dentre as lembranças que trago destes casamentos que já celebrei, há duas cenas fascinantes e que sempre me chamaram a atenção: a primeira é quando o pai da noiva entrega a filha nas mãos do noivo. Isso me faz lembrar que ninguém pode ir a Jesus, ou seja, tornar-se sua noiva, se pelo Pai não for concedido (Jo 6.65). Verdadeiramente o casamento é uma profecia não é em vão que muitos estão sendo destruídos e outros, negligenciados. A segunda cena é quando a noiva, não todas, aproxima-se do altar, onde o noivo a aguarda, e com o rosto coberto por um véu, permite que seu futuro esposo o retire a fim de que ele e os demais possam observar sua face. Creio que não há controvérsia na afirmação de que mais importante do que a beleza do vestido da noiva é o aspecto de sua face, pois as vestes da igreja, a noiva de Cristo, apontam para suas obras, para os fatores externos,( Ap 19.7,8), mas a face da noiva aponta para os aspectos internos, aquilo que aconteceu no interior e que resulta no aspecto de sua própria face, fazendo com que o noivo e os convidados se agradem do que estão vendo. Se até este momento estamos de acordo em cada argumento apresentado, então posso crer que há em você o mesmo incômodo que perturba meu coração quando olho para a face daqueles que se dizem igreja mas cujo o aspecto da face não expressa quem ela é. Entendo que a face da noiva de Cristo aponta para três fatores: Identidade, Sentimentos e Veredito, sendo assim me espanto nas conversas que tenho com alguns que na verdade estão na igreja mas que não são igreja porque não possuem identidade. Quem eram ontem, não o são mais hoje. Aquilo que dantes criam como absoluto, tornou-se relativo e questionável. São “noivas” decepcionadas e frustradas, cujo os sentimentos feridos embaçou o brilho da sua face que outrora era tão abundante. Noiva que em sua face denuncia o veredito que construiu sobre momento do tempo de apostasias que estamos vivendo. A conversa desta “noiva” é sempre sobre os últimos escândalos ou sobre as decepções que sofreram e que a fizeram mudar de arraial vária vezes na busca desenfreada por um lugar onde possa repousar e se der, servir. Assim sendo esta” noiva”, não é mais igreja, mas anda a procura de uma igreja, quando na verdade deveria ir para o altar,onde o Noivo a aguarda e de onde nunca se ausentou. Há muito tempo que rompi meu relacionamento com este tipo de “igreja”, e me recuso a alimentar minha alma e a daqueles que pastoreio com o lixo tóxico das lamentações sem atitudes. Creio que a verdadeira Noiva continua viva e atuante pois o seu Esposo jamais se tornará viúvo. Creio na igreja sem véu, com o rosto resplandecente e que agrada tanto ao Noivo quanto aos demais convidados a serem partícipes das bodas. Creio numa Igreja cujo o véu foi removido por causa da conversão ao Noivo, a saber, Cristo(IICo 3.16) . Em fim, creio numa Igreja que como qualquer noiva cuidadosa torna-se mais bela a medida que vai se aproximando o momento do casamento(Fp 1.6). E que por mais que pareça demorado, ela tem a certeza de que seu Esposo já a aguarda no altar e de lá não sairá até que ela chegue. Creio na Noiva que tem alguém que sempre retoca sua maquiagem para prepará-la para o grande momento. Creio que o Espírito Santo é este agente que nos embeleza, que nos retoca, nos toca outra vez. Você crê? Graça e Paz!
Marcos Joaquim
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Se eu fosse o Redator Chefe de um jornal de circulação mundial, mandaria colocar esta matéria em sua primeira página. Heróis sempre estiveram presentes no imaginário infantil. Toda criança trás dentro de si, desde o seu nascimento, uma admiração por seres com super poderes; homens fortes e sempre prontos para atenderem a qualquer repentino grito de socorro; homens que apesar dos esporádicos desaparecimentos, se fazem presentes nos momentos mais necessários. Fomos assim um dia, e com a geração dos nossos filhos não é diferente, pois eles continuam nesta necessidade da alma de se ter por perto, alguém que seja uma referência na arte de proteger e que injete em suas mentes, um ardente desejo de imitá-lo em seu dia a dia. Porem estes heróis desaparecem com o desligar da televisão ou o fechar dos gibis, mas o desejo e a necessidade real de sua presença permanece. Então o que fazer já que estas realidades e necessidades insistem e nossos filhos procuram pelo herói que desapareceu? A alma deles então, busca seu herói, no cotidiano, no real, dentro de casa. Assim sendo, avista no Pai, a figura que mais se assemelha àquele que,dentro de casa, é quem tem as prerrogativas de atender o pedido de socorro de sua família, e que, esporadicamente, precisa se ausentar por causa de seu trabalho; mas logo reaparece para se fazer necessário e agradável em seu maior campo de ação, a sua casa. Este filho vê no Pai o Herói a ser imitado, quando possível, no seu dia a dia e sabem que eles não desaparecem com o desligar da televisão mas que se tornam invisíveis e inúteis se ela permanecer ligada diante de seu Herói. Maldita televisão, Criptonita que assassina o Pai Herói, pois o paralisa fazendo-o pensar que o conteúdo dela é mais importante que o diálogo com o seu filho. Então, o filho frustrado descobre que um simples tempo de trabalho isolado sem lazer com a família é capaz de assassinar seu herói e que a Indiferença ao abraço, a escassez de um beijo a pobreza na atenção, são armas esmagadoras de uma das maiores virtudes de seu Herói: O Relacionamento. Sem esta virtude seu Herói vai desaparecendo aos poucos e dando visibilidade a um Herói derrotado que só serve para alimentar a frustração e a decepção deste filho que clama por um Herói que foi vítima do seu próprio assassinato. Fantasias? Utopias? Devaneios insanos de uma criança que não compreende as coisas sérias e verdadeiras de um adulto? Não! Mil vezes não. É apenas uma real necessidade da alma que desde criança clama por atenção, proteção, afeto e presença. Fatores estes que servem como antídoto e escudo de proteção à família que necessita de homens que sejam pais e de pais que sejam Herói. Herói que não é apenas admirado por sei filho, mas também seguido por ele. Assim sendo, não admirarão aos exemplos televisivos mais do que os de dentro de casa. Não seguirá a conduta copiada do exemplo gerado fora de seu lar, pois seu Pai é seu Herói e seu Pastor que o conduz a pastos verdejantes. Não sou Redator Chefe de nenhum jornal de circulação mundial, e nem seria preciso porque este blog já é suficiente para colocar esta matéria em circulação. Mas ainda que ele não existisse há um livro de circulação mundial cuja as velhas notícias são as mais atuais do universo. E nele temos as armas necessárias para nos tornarmos os Heróis que a família precisa a fim de que nossa casa não seja invadida pelos alienígenas da corrupção, da imoralidade, da prostituição e do desafeto. A Bíblia Sagrada é este livro, que nos ensina a não sermos pais biológicos de filhos órfãos na arte dos relacionamentos. Você crê?
Graça e Paz
Marcos Joaquim
terça-feira, 27 de setembro de 2011
“Dos gaditas se passaram para Davi, ao lugar forte no deserto, homens valentes adestrados para a guerra, que sabiam manejar escudo e lança; seus rostos eram como rostos de leões, e eles eram tão ligeiros como corças sobre os montes”. I Cr 12.8
Neste último domingo,a Igreja Batista Shalom em Rio das Ostras,foi mais uma vez despertada e desafiada a alcançar novos níveis de relacionamento com Deus e a qualificar seu modo de vida. E no tocante a esta última questão, o texto acima transcrito, nos serviu de base para tudo o que foi dito, naquela noite inesquecível. Aprendemos que tudo o que se refere ao Reino de Davi, no Antigo Testamento, está direto ou indiretamente ligado ao Reino de Jesus, que se manifestou no Novo Testamento e que se estende até nossos dias( Mt 4.17). Assim sendo, entendemos que todas as pessoas que a Davi se ajuntaram a fim de que seu reino fosse estabelecido, eram representações proféticas daqueles que posteriormente fariam parte do Reino de Cristo. Você é um desses? Perceba que todas aquelas pessoas que se ajuntavam a Davi traziam consigo uma característica que lhes dava destaque e em I Cr 12. 8, destaca-se a dos gaditas, homens cujo o aspecto dos rostos, era semelhante ao de leões.
Este foi o maior objetivo daquela noite, a de gerar na igreja uma “agressividade leonina” onde cada ouvinte viesse a se tornar um leão na captura de tudo aquilo que tem sido alvo das hienas da corrupção, da imoralidade, da prostituição e de toda sorte ataques e afrontas contra o nossos ninhos, nossos lares. Minha expectativa repousa na esperança em que Deus levantará nestes últimos dias, verdadeiros Leões que através de seu rugido, representado por sua voz, seu clamor e seu inconformismo, se despertem e se levantem no meio de uma geração de “gatos adormecidos” a fim de se posicionem segundo os três princípios da mensagem daquela noite.
Leões estabelecem Territórios
Nossa famílias, nossos filhos, nossas esposas, estão carentes de leões dentro de casa. Qualquer predador sabe que o maior perigo está do lado dele ao entrar no território do leão. Em nosso tempo, somos nós quem temos corrido risco de sobrevivência familiar, pois nossos lares estão sendo invadidos pelos predadores sociais, que por sua vez devoram a comunhão, o diálogo e o verdadeiro conceito de família. Até no chamado meio evangélico, já há quem questione a legitimidade do casamento como instituição divina e sua real necessidade. Os predadores invadiram de tal modo que até em debates de rádio é possível assistirmos conceitos filosóficos acerca da família que denunciam a urgente necessidade de rugirmos diante desta invasão conceitual humanista. Reflita nisto e estabeleça sua casa como território do leão, ruja, lute proteja sua família. Seja um gadita do Rei.
Leões são respeitados pela Atitude
O segundo princípio desta pregação foi para despertar a igreja, e agora você que está lendo esta postagem, que leões são líderes por natureza e a primeira e maior prerrogativa de um líder está em sua capacidade em tomar decisões em momentos estratégicos. Sim, nossas famílias precisam de líderes com aspecto de leão. Maridos que liderem sua casa, mulheres que governem seus filhos e filhos cuja as Atitudes sejam reflexos das Atitudes copiadas de um lar de respeito. Os leões impõem respeito só pela presença, a postura que assumem, seu olhar e seu rugido são percebidos por todos como Atitudes de respeito. O desrespeito de maridos por suas esposas, a desvalorização das esposas por seus esposos e a desobediência dos filhos aos pais, nada mais são do que o resultado da ação dos predadores da selva da vida. A presença de um pai já não exige da parte de ninguém uma atitude de respeito, assim sendo, xingar um palavrão perto de uma pessoa mais velha ou ignorar sua presença que permanece de pé enquanto o mais novo está sentado, é uma coisas absolutamente comum dentro da selva da nossa existência.
Mas minha ótica é profética e minha esperança é respaldada pela Palavra. Creio em avivamento, creio numa geração de leões despertados que acreditam que ainda é possível ver gente que não queiram xingar porque estamos presentes, que não queiram contar piadas obscenas porque os leões estão presentes e é preciso respeitar seu território. Creio numa geração de filhos que pedem a benção aos pais, ao saírem e ao entrarem, porque os leões estão presente (Fp 2.15). Medite nisto e restaure marido, sua figura de respeito dentro de casa, através do você fala, restaure o respeito devido, a sua esposa, tal qual leoa do lar que deve ser respeitada por seus filhotes.Trabalhe a mentalidade de seus filhos para que se comportem nesta geração como filhos de leão e portanto,temidos pelas hienas e não vistos como possibilidades de serem devorados por elas.
Leões Influenciam seu habitat Natural
O terceiro e último princípio naquela noite foi uma exortação a sermos a geração da virada. O tempo que temos vivido é o tempo da inversão de valores. Toda mudança comportamental é resultado de influência e neste processo, vence o mais influente. Basta olhar para o modelo de família que temos hoje e facilmente se entende o que estou querendo dizer. Pergunte-se: A família está influenciando a sociedade ou a sociedade é que está influenciando a família? É fácil a resposta. Em certa igreja onde estava ministrando um seminário de Cura Interior,o pastor local me confidenciou que uma de suas ovelhas, adolescente, engravidou após ter copiado a atitude de uma adolescente de uma novela que decidiu que ter relações com seu namorado. Influenciada por este personagem, a jovem seguiu a mesma vereda, só que na vida real, o resultado foi mais uma mãe precoce de um filho sem pai definido.
Pais leões influenciam pelo rugido e alteram o ambiente pela presença. Eles não deixam sua casa a mercê das hienas televisivas, nem de qualquer predador que furtivamente se escondem por detrás das moitas densas da internet, devorando a mente de nossos filhos.
A segunda maior prioridade de um líder é a Influência, portanto considere, isso e decida quem influenciará seu habitat natural, mas primeiro decida que ele será influenciado por você. Decida ser gadita, decida ser leão, defina seu habitat natural,através das Demarcações de novos territórios, da Atitude de Respeito e da Influência do Ambiente. Este, por sua vez, poderá tornar-se em um Habitat Sobrenatural, ou seja, um ambiente que sobrepuje as mazelas da nossa própria natureza e seja conforme a natureza do Leão da Tribo de Judá (Ap 5.5). Você crê?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
“Quando Isaque já estava velho, e se lhe enfraqueciam os olhos, de maneira que não podia ver..” Gn 27.1
Esta ministração fala de quatro aspectos sócio/espirituais que invadem a família, quando a alma de seus componentes envelhece. São eles: A Perda da Visão de Valores, a Destruição da Expectativa de Futuro, Desejos Egoistas e o Agir perto do fim. O envelhecimento do patriarca Isaque envolve esses quatro aspectos que por sua vez apontam muito mais para uma disfunção comportamental do que um simples envelhecimento cronológico. Creio que a pergunta mais importante que precisamos fazer no decurso dos tempos, a medida com que os anos passam, é: no que estamos nos tornando? Com o passar dos anos, no que tem se tornado seu casamento? No que sua família tem se tornado? E quanto aos seus filhos, sua posteridade, no que tem se tornado? Ao envelhecer, Isaque Perde a Visão de Valores, pois não foi capaz de reconhecer o próprio filho. Percebeu sua voz de Jacó, mas não discerniu seu coração enganador.Quando envelhecemos na alma somos capazes de ouvirmos a voz da palavra mas somos incapazes de compreendermos a linguagem do coração. Reflita nisso.
Isaque revela o segundo fator quando mostra que sua expectativa de futuro estava destruída, dizendo:“...Eis que agora estou velho, e não sei o dia da minha morte; toma, pois, as tuas armas, a tua aljava e o teu arco; e sai ao campo, e apanha para mim alguma caça;”e faze-me um guisado saboroso, como eu gosto, e traze-mo, para que eu coma; a fim de que a minha alma te abençoe, antes que morra.” Não havia em Isaque um projeto de futuro mas sim a expressão de um desejo transitório do presente.Famílias sem futuros não possuem projetos no presente. Pense nisso.
O terceiro fator, ou os Desejos Egoísta revela-se na expressão: “faze-me um guisado saboroso, como eu gosto”. Família envelhecidas na alma são assim, estão ocupadas com interesses pessoais e “ai” daqueles que não fizerem as coisas do jeito que gostamos. Você já se aborreceu esta semana por que não fizeram seu guisado do jeito que você gosta? A satisfação dos nossos desejos egoístas pode ser o sepultamento da alegria dos outros. Anote isso.
O quarto e último fator é que quando envelhecemos na alma a deixamos para agir quando o fim está próximo. Isaque revela isto quando diz:” a fim de que a minha alma te abençoe, antes que morra.” Quantas vezes, dentro de casa deixamos para resolver as coisas ou sentarmos para uma conversa, somente depois que as feridas há muito se tornaram hóspedes da nossa alma. E quando vieram para ela trouxeram consigo toda uma bagagem de incontinência, intolerância e impaciência que inviabilizam qualquer diálogo familiar. Não deixe para agir perto do fim, chegue antes da morte, não deixe para ser uma benção apenas no fim de sua história. Considere isso.
Certa vez, numa conferência para família que fazia no sul da Bahia, uma irmã confidenciou-me que depois de tantos anos de evangelho descobriu que não tinha percebido tantas mazelas na família de Isaque. A confidência desta irmão, na verdade, é uma prova que as guerras mais silenciosas que travamos, estão dentro de casa, onde ninguém vê, ninguém percebe, a não ser aqueles que vivem dentro dela. Há neste exato momento muitas famílias que estão envelhecendo e casamentos que estão se deteriorando com o passar do tempo e a semelhança da família de Isaque estão gradativamente tornando-se cegas quanto aos valores, destruídas na expectativa de futuro, cheias de desejos pessoais e egoístas e deixando para agir dentro de seu próprio tempo e não de acordo com um despertamento de Deus. Me permita ousar e sendo assim crer que esta postagem é um despertamento divino para que sua casa não envelheça e seu casamento não se curve pelo peso do tempo e a força das circunstâncias adversas. Mas pelo contrário, que a sua casa seja rejuvenescida e não envelhecida e partidária como a casa do velho Isaque. Você crê?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim
sábado, 3 de setembro de 2011
“Olhai para ele, e sede iluminados; e os vossos rostos jamais serão confundidos.” Sl 34.5
O comportamento dos meus dois filhos, Lucas e Matheus, são grandes referenciais e sinalizações de como me relaciono com Deus, na condição de filho. Seus dilemas, seus conflitos, seus desafios, me revelam muito do meu comportamento com relação a Deus. Creio que uma das grandes razões pelas quais Deus decidiu que eles seriam meus filhos, foi a de me mostrar como me comporto diante de meus desafios, conflitos e dilemas . É interessante como me encontro no comportamento deles e recebo do Pai, lições que me habilitam a cumprir sua vontade.Numa certa manhã em que a minha família estava envolvida na costumeira tarefa caseira para pôr a casa em ordem, Rani, minha esposa, cuidava de uma parte, Lucas, meu primogênito, de outra e coube a mim e ao Matheus,meu filho caçula, a organização do quintal. Matheus estava contrariado com a tarefa que havia sido designada a ele, pois enquanto varria, seu trabalho era interrompido bruscamente pelo vento que espalhava todas as folhas já varrida. Irritado, esbravejou dizendo que sua tarefa seria impossível de ser concluída devido a força do vento, devido a força da circunstância. Percebi que quando ele mudava de um lugar para o outro, era preciso retornar de onde saiu para começar tudo outra vez. “Oh pai”, dizia ele, “Vou parar”. ”Termine seu serviço”. Dizia eu. Como pai, jamais daria aos meus filhos metas que fossem inatingíveis ou desafios inconquistáveis. Sendo assim, cada desafio ou ordem que a eles dou, são exatamente do tamanho de sua capacidade. Então, em vez de insistir que me obedecesse, fiz com que Matheus parasse o que estava fazendo e olhasse para mim. Comecei a mostrar a ele que sua tarefa era possível de ser executada se tão somente observasse o pai enquanto o ensinava. Mostrei a ele que as folhas ao vento não eram páreo para sua capacidade e que sua atitude dali em diante deveriam ser de acordo com a visão dada pelo pai. Ah! como aprendi com Deus naquela manhã de fortes ventos. Aprendi que ao invés de reclamar dos ventos que espalham meus propósitos, devo mudar o foco de minha visão e saber que o que fez Pedro afundar, não foi a força dos ventos, mas sim o fato de ter atentado nele(Mt 14.30). Aprendi, enquanto ensinava, que quando digo para o Pai: “Vou parar”, Ele me diz: ”. ”Termine seu serviço, mas antes, olhe para mim e aprenda como se faz”. Aprendi que se o machado estiver cego e não se lhe afiar o ferro, é preciso redobrar a força mas que a sabedoria que vêm do Pai, resolve tudo com bom êxito(Ec 10.10)Aprendi que todo desafio do Pai é do tamanho da capacidade do filho e que enquanto fico reclamando dos ventos contrários, sou obrigado a voltar para fazer as mesmas coisas que já fiz. Assim sendo, decidi que não serei paralisado pelo vento embora não possa detê-lo. Decidi que enquanto olhar para o Pai, jamais serei confundido. Você crê?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim
sábado, 20 de agosto de 2011
VOCÊ É O MURO
Perguntou-me o Senhor: O que vês, Amós? Respondi: Um prumo. Então disse o Senhor : Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo de Israel; jamais passarei por ele”.AM 7.7,8
Certa noite, antes de pregar e após uma adoração ardente, conduzida por minha esposa Irani, chamei um irmão para ser co-participante daquilo que pregaria naquela noite, onde os céus da revelação foram abertos sobre a Igreja Batista Shalom. Ao chamá-lo, quis me utilizar de seu vasto conhecimento na área de construção civil. A cena foi engraçada, pois o irmão foi surpreendido e todo apreensivo achou que teria que pregar no meu lugar. Com os olhos arregalados e o coração palpitante ele se recusava a permanecer ali, perante a igreja que ria-se do seu medo enquanto eu pedia a ele que nos ensinasse um pouco da sua habilidade na área de construção. Seu coração só teve sossego quando eu disse a ele que pregaria e que ele apenas seria um instrutor acerca de três tipos de ferramentas usados em uma obra. A saber: O Esquadro, o Nível e o Prumo. Assentei-me para ouvi-lo e ele nos deu uma verdadeira aula sobre estas três importantes ferramentas. Segundo sua explicação,o Esquadro serve para corrigir as direções a fim de que ainda que o terreno esteja torto, a casa fique na posição certa. A menos,dizia ele,que o dono da casa queira que ela fique torta de acordo com o tipo de terreno. Quanto ao Nível, este serve para tratar daquele tipo de construção que subiu demais ou ficou abaixo do nível da expectativa do proprietário. Já o Prumo trabalha com a verticalidade. Serve para saber se a construção não está, digamos, “subindo para o lado e não para cima”
Quantas ilustrações em uma noite só. Tomei a palavra de volta,para alívio do irmão que não imaginava o quanto havia me ensinado e que este ensino serviria de base para o que a igreja ouviu naquela noite e que passo a compartilhar com você agora.
Somos a construção de Deus, uma obra em estado de aperfeiçoamento(Fp1.6). Nós somos o Muro a ser passado pelo Prumo Divino.
Como em toda obra, precisamos passar pelo Esquadro Divino para retomarmos direções que perdemos na trajetória. As vezes discutimos com o Construtor pois queremos que a obra seja feita de acordo com o modelo do terreno onde estamos. Preferimos nos adequar a ele a ficar no esquadro. Há pessoas tão fora do Esquadro Divino que os que estão de fora precisam se entortar se quiserem entendê-los. Passe por uma casa torta e veja se você não precisará ficar de lado para vê-la melhor. As vezes somos assim por estarmos fora do Esquadro Divino nossa conduta dentro do nosso terreno torto,faz com que aqueles que vivem conosco tenham que se encurvar ao estilo do terreno torto da nossa alma. Há também a fase da obra em que O Nível Divino entra em ação porque no percurso da obra subimos demais. Quantas vezes não percebemos que nos desentendimentos e discussões familiares, nos excedemos, subimos o tom de voz, berramos gritamos , pois afinal de contas o nosso terreno foi invadido. Nos tornamos arrogantes, altivos e no bom sentido do termo, é preciso “baixar o nível”(Mt 11.29). As vezes na mesma obra é preciso subir o nível, pois as circunstâncias do terreno onde estamos sendo construído desnivelam nossas
expectativas, baixam o nível do humor e fazem descer a alegria.Porém, naquela noite, eu disse a igreja que das três ferramentas da ilustração, a mais importante, na minha opinião era o Prumo. Foi ele que Deus usou para revelar ao profeta Amós o que estava pretendendo fazer com o seu povo. No texto que serviu de base para a pregação daquela noite e que é a mesma desta postagem, diz que o Senhor estava sobre um Muro tendo um Prumo na mão(Am 7.7 ARA). Ele disse ao profeta que passaria seu povo pelo Prumo Divino. O interessante é que o texto diz que este Muro já tinha sido construído a prumo(eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo). Isso significa que originalmente, o Muro foi feito perfeito mas que com o passar do tempo entortou-se. Nenhum construtor faz uma casa para dar errado. Ao passá-la pelo Prumo o faz não com o propósito principal de procurar defeito mas sim com o propósito de reconduzir sua obra ao cumprimento de sua expectativa. “Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias .” (Ec 7.29 ARA).
Considerando que o Muro estava representando o povo de Deus entendemos que o propósito do Prumo Divino era a restauração da originalidade, a continuidade de uma expectativa interrompida. Quando Deus nos criou, de acordo com eclesiates, ele nos fez reto, mas nossas astúcias nos entortaram, nos fizeram perder a rota da verticalidade fazendo com que nos tornássemos horizontalizados, muito mais terrenos e carnais, do que celestiais e divinos. Creio que nestes dias que antecedem o fim de todas as coisas, Deus está chamando seus profetas e perguntando a eles:” O que vês?”
Pois o tipo de linguagem que temos, denuncia a qualidade da visão que possuímos. O que falamos de nossa vida, nosso cônjuge, nossas igrejas, revelam a visão que temos destas coisas. Acredito piamente na necessidade de uma visão profética dos muros da nossa própria existência a fim de que o Prumo Divino passe, não para juízo mas sim para dar continuidade ao Plano Original ,no qual fomos inseridos para sermos semelhantes à Deus e não torcidos como o diabo(Gn1.26; 3.14). Acredito ainda, que assim como todo prumo, o Prumo Divino é o padrão estabelecido por Deus a fim de que entendamos que para cada exigência dele há um modelo a ser seguido, um padrão para que possamos nos referendar. Me encontro alarmado com o padrão moral, social e espiritual que tenho visto. O padrão da família então, está gritantemente necessitado de padrão, de prumo.Maridos que precisam de prumo, mulheres e filhos totalmente desaprumados. Porém minha perplexidade não me paralisa pois acredito que Deus ainda têm seus “Amós”. Acredito em uma igreja reaprumada, acredito em famílias e casamentos realinhados pelo Prumo Divino, acredito que Deus ainda fala com, e por intermédio de seus profetas. Basta que tenham visão.Acredito que estes “Amós”dos últimos tempos, trabalham a fim de que aquilo que se entortou, volte a ser aprumado. Acredito que eles ainda dizem a esta sociedade que não anda direito: ”... Apruma-te direito sobre os pés”(At 14.10 ARA). Você crê?
Graça e Paz!
Marcos Joaquim
segunda-feira, 25 de julho de 2011
POR QUE NOSSOS PROJETOS FALHAM
Como destaque da palavra pregada,a igreja recebeu os seguintes ensinamentos: Por que nossos projetos falham?Porque as vezes não seguimos os degraus que nos ajudam a conquistar nossos planos,que são : O degrau da perseverança,o degrau da vontade de Deus e o degrau da promessa.
Mais uma vez a igreja foi desafiada a tomar atitudes a fim de que vejamos o natural se transformar em sobrenatural .Portanto vamos ficar firmes no terceiro degrau que é o degrau da promessa. Não sabemos o dia e nem a hora que vai se cumprir mas se ele falou vai acontecer. Tão somente subamos os dois primeiros degraus.
Você crê ?
Graça e Paz.
Matheus Joaquim
quarta-feira, 20 de julho de 2011
CELEBRAÇÃO NO ANO DA ATITUDE
“É preciso voltar ao local de onde saímos como prisioneiros da frustração, como portadores de uma indignação, pois só os indignados mudam contextos”; “Jesus, antes de dar a ordem que desafiaria os discípulos a tentarem outra vez, formou a mentalidade deles através do ensino,pois a ignorância ou o conhecimento insuficiente são fatores que nos reprovam na escola da vida”. “Só quem possui uma mentalidade transformada pela Palavra daquele que entrou em nosso barco, como Jesus entrou no de Pedro, será capaz de tentar outra vez, pois toda atitude nasce de um decreto da mente. “
À Igreja Batista Shalom, Em Rio das Ostras, foi dito pelo Pr.Marcos Joaquim, “A vida se refere à existência, tempo de existência e modo de existência “esse foi um trecho dito na mensagem Tente Outra vez, neste domingo marcante, tempo em que a igreja em Rio das Ostras celebra o Ano da Atitude, ensinando e contagiando todo o seu povo com a Palavra e com a vibração dos discípulos desta igreja em um dia marcante no ministério Missão Proclamar e em toda a Igreja Batista Shalom.
Este domingo festivo de aniversário de casamento do casal e de um culto com uma palavra especial culminou com o aniversário do Pr.Marcos Joaquim, (o ano do jubileu) comemorado no dia 5 deste mês. Com tudo isso, cremos como igreja,que será iniciada uma nova etapa ministerial com descobertas e novas revelações. Você crê?
Lucas Joaquim
domingo, 8 de maio de 2011
MUDANÇA DE FOCO
Graça e Paz amados,
Quero pedir a você a honra de ler um trecho do meu livro Mudança de Foco que será, se Deus quiser, lançado agora em Maio. O propósito precípuo desta obra literária é dar extensão ao ministério que Deus me comissionou, isto é, despertar, construir e reconstruir vidas através da palavra escrita e proclamada. Boa leitura e que Deus te use para juntos que, juntos, possamos estabelecer na terra,o modelo de vida dos céus.
“Oro sinceramente, para que nestes últimos tempos que antecedem o fim de todas as coisas, Deus levante uma geração de intérpretes de sua vontade, isto é, de gente que seja portadora e transmissora de uma Palavra Profética. Que essa gente não se ocupe em apenas preconizar um futuro triunfalista, mas que nos ensine um bom caminho no presente. Oro ainda, para que esta mesma geração de líderes, pais e etc, tenham Visão Manifesta e jamais percam o verdadeiro sentido da vida e a razão nobre da nossa existência. Uma geração de gente que se relacione com Deus por aquilo que é e não somente por aquilo que faz. Que os púlpitos das igrejas sejam plataformas de transformações de alma e não de um mero estado social. Que se encham os altares de gente ocupada em dar pessoas o que precisam e não o que lhes interessam. Mais profetas, mais visionários.
A solicitude do meu coração mistura-se com o temor de que a próxima geração seja vítima de nossa pobreza profética e visionária, a semelhança do que aconteceu no tempo de Samuel que foi o último juiz do povo de Israel. O tempo dos Juízes foi o período de maior corrupção moral, social e espiritual deste povo. Faltava neste tempo uma liderança contextualizada, razão pela qual por quatro vezes o livro de Juízes utiliza a seguinte expressão.
“Naqueles dias não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos”(Jz 17.6; 18.1; 19.1;21.25)
Temo que a geração de nossos filhos seja vítima de um esvaziamento espiritual que abre espaço para espíritos religiosos tão ascendentes em nossos tempos.
Quando há ausência de uma Palavra Revelada e uma Visão Manifesta com verdadeira ação profética não se pode perpetuar a ação transformadora de Deus. Observe o que a Bíblia diz sobre a geração posterior a que saiu do Egito. Veja como a corrupção moral, social e espiritual quando não confrontada por uma geração profética e visionária destrói o futuro da família.
"E foi congregada toda aquela geração a seus pais(morreram), e outra geração após eles se levantou(nasceram), que não conhecia o Senhor, nem tampouco a obra que fizera a Israel.” (Jz 2.10)
Triste relato sobre uma geração sem nenhum conhecimento de Deus embora seus antecessores o tenham conhecido. Que o Senhor nos livre disso e seja este tempo, um tempo de Palavra Revelada e de Visão Manifesta.
Em função da ausência da Visão Manifesta, e conseqüentemente, a presença da Cegueira Gradativa, o povo de Israel estabeleceu famílias mistas. Essa mistura foi além de laços consangüíneos pois envolveu valores e princípios que resultou em filhos com uma linguagem diferente.
"Vi também, naqueles dias, judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. E seus filhos falavam meio asdodita e não podiam falar judaico, senão segundo a língua de cada povo.” (Ne 13.23,24)
Famílias sem valores e princípios geram filhos com linguagem diferente. Filhos que foram gerados no Lugar de Costume e não no Lugar de Deus. Conceda-nos Deus, sermos uma geração como Rúben, que precavendo o futuro de seus filhos construiu um altar que serviria de memorial para a geração vindoura. Vivendo distante de onde ficava o lugar de culto, Rúben resolveu fazer um altar semelhante ao do Tabernáculo, um altar de grande aparência. Rúben preocupou-se com a futura geração e quando questionado sobre o porque do altar ele respondeu:
“... para que entre nós e vós e entre as nossas gerações depois de nós, nos seja em testemunho...” (Js 22.27)
Deus falou com Samuel antes que a lâmpada do templo se apagasse (I Sm 3.3), antes que a possibilidade de enxergar se extinguisse. De semelhante modo, Ele quer falar com você dentro de um tempo oportuno, de acordo com sua própria capacidade em mudar, pois você é capaz, saia do Lugar de Costume.”
Você crê?
Graça e Paz
Marcos Joaquim